Nesta 5ª jornada do grupo G aguardava-se uma vitória do Benfica, a qual aconteceu naturalmente. Também se esperava que o Barcelona, que anteriormente venceu todos os jogos, ganhasse em Glasgow. Só que esta derrota dos catalães obriga o Benfica a vencer os dois jogos finais.
Defensivamente o Benfica está seguro, apesar de ontem ter tido dois sustos, os quais Artur resolveu com muito mérito. A ausência do baluarte Luisão, não se notou nestes últimos três jogos nos quais as águias não sofreram golos. Jardel está a cumprir. Os laterais esquerdos são dois elementos muito fortes, quer Luisinho, quer Melgarejo. André Almeida fez um excelente papel no lugar de médio mais defensivo.
A discussão deste jogo faz-se à volta da opção de Jesus ao não colocar de início a dupla: Cardozo- Lima. Jesus é um estratega que planeia e prepara a equipa em função do adversário e das suas ideias. Sabendo que o Spartak se apresentaria muito fechado, e muito compacto a defender com 9 jogadores. Jesus optou pela velocidade de Rodrigo e de Lima na tentativa de ultrapassar a “cortina de ferro”.
Na prática esta dupla não resultou por falta de entendimento entre os intérpretes da mesma. Preservou Cardozo. O artista do golo para qualquer eventualidade, e a falta de golos era uma contingência desagradável.
Aliás, se a ordem na primeira parte era que os cruzamentos fossem e foram na maioria rasteiros, e direcionados aos pontas de lança, raramente lá chegaram. Com a entrada de Cardozo, Jesus solicitou os cruzamentos aéreos o que resultou quase em pleno. No seguimento de quatro centros, Cardozo marcou três golos, mas só dois valeram. Foi pena não ter convertido o penalty. O guarda-redes já sabia que ele ia rematar para o centro da baliza.
Jesus é um conhecedor profundo de futebol. Nada lhe escapa? Previu que os escoceses iam marcar ao Barcelona porque são muito fortes no jogo aéreo e os defesas, catalães são baixos. (Eu acrescento, e os centrais lentos).
Duas lacunas a explorar pelo Benfica em Camp Nou. Certamente também não lhe escapou as boas exibições dos Andrés e de Olá John, os quais passaram com distinção nos exames. Jesus ficou convicto que eles são produtivos, «para aqui» , e para a Liga dos Campeões».
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