Antes do jogo F.C. Porto - Benfica ambos os técnicos afirmaram que este jogo não era decisivo para o título. Claro à sexta jornada não se decide o campeão. Contudo perante a rivalidade e a regularidade das duas equipas, os desejos quanto ao resultado final é idêntico - ganhar. Porém para o visitante pontuar é bom, já para o anfitrião só interessa a vitória.
Jorge Jesus disse «que o passado já não conta para nada», Vítor Pereira queria rectificar a actuação menos conseguida em Aveiro frente ao Feirense.
Todavia o treinador do Benfica não esqueceu os 5-0 da época anterior, por isso na primeira parte ficou mais na expectativa, deu a iniciativa do jogo ao adversário. Organizou-se defensivamente, colocou os jogadores próximo da grande área, evitando a penetração dos rápidos avançados do Porto.
O plano destra estratégia baseava-se em defender bem e aproveitar os lances de contra ataque. Todavia o Benfica não construiu uma jogada de perigo. A previsão não se concretizou e penalizou o seu futebol atacante, já que na etapa inicial o Benfica só rematou por uma vez.
O contratempo de sofrer o primeiro golo obrigava alterar o programado. Defender bem também inclui os lances de bola parada. No primeiro Maxi Pereira mal posicionado foi batido. Pela excelente antecipação de Kleber, e no segundo também houve inoperância.
A atitude defensiva do Benfica proporcionou ao Porto realizar uma excelente exibição nos 45 minutos iniciais, período em que os Dragões dominaram totalmente o Benfica, aliás o Porto foi a única equipa que “atacou”. Marcou um golo e criou mais três boas oportunidades.
A perder, Jesus teve de mudar a estratégia. Claro que a segunda parte teria de ser mais afoita, de cariz muito mais atacante, para alcançar o empate. O golo de Cardoso ajudou. Mas o Porto não acusou o toque e minutos depois voltou a marcar no seguimento de bola parada. Com o resultado 2-1 o Benfica foi à procura do empate.
Se o jogo na segunda parte até às substituições estava equilibrado? Com a entrada simultânea de Saviola e Bruno César, o Benfica surgiu mais rápido mais acutilante e tornou-se mais perigoso.
Inesperadamente o Porto eclipsou-se. A equipa aparentou cansaço, os jogadores mais influentes, ( Hulk, Moutinho, Fuchile e Álvaro Pereira) baixaram de produção. Vítor Pereira na tentativa de segurar a vitória, substituiu Guarin, (jogador que até ao momento era o mais regular) por Belluschi, mas a intenção do técnico do Porto não foi feliz. Porque se é verdade que o argentino é influente na retenção e na posse de bola, porém falha na fase defensiva: não tem poder de choque, de desarme, não pressiona.
Quando os treinadores fazem as substituições, a sua intenção visa beneficiar a equipa. Jesus foi mais feliz, as entradas de Bruno César e de Saviola resultaram. Ao contrário das de Vítor Pereira, (Belluschi e Rodriguez). As mudanças de Jesus deram maior agressividade e velocidade ao futebol encarnado, o golo do empate iniciou-se num excelente passe de Saviola para Gaitan.
Este resultado torna mais equilibrada, mais competitiva a Liga Sagres. Para além dos eternos candidatos: Porto e Benfica, surgem o Braga que se vencer junta-se ao duo que lidera. O Sporting se ganhar ficará a 3 pontos dos primeiros. E também o Marítimo e a Académica, os quais se somarem este fim-de-semana os três pontos ao seu pecúlio ficam respectivamente a 1 e 2 pontos da liderança. Temos campeonato.
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