O ser humano é complexo. E cada um de nós é único. Mas apesar de isso, tem comportamentos em massa. E alguns difíceis de explicar e medir. Paulo Fonseca segue em primeiro na nossa Liga de futebol, mas ainda não conseguiu convencer a grande maioria dos adeptos portistas. É verdade que as exibições não têm sido as melhores e o público do FC Porto é exigente, mas o principal objetivo está a ser atingido. Mesmo assim, vitória após vitória o descontentamento vai subindo de tom.  

Por outro lado, Jorge Jesus vai gastando o capital que tem nas mais diversas áreas dos adeptos benfiquistas, mais difícil de explicar quando após dois anos sem ganhar nada, foram-lhe aumentados os poderes dentro da estrutura benfiquista com a renovação por mais dois anos. O adepto vive de emoções e estas não são fáceis de contentar apenas por momentos de euforia.

É verdade que falamos acima de tudo de resultados. Eles ficam para a história. Mas no presente podem e devem ser geridos com uma comunicação clara e inclusiva dos adeptos. Paulo Fonseca não apresenta a mesma confiança que tinha no Paços de Ferreira. Os resultados até são melhores, mas é caso para dizer que a camisola aqui também pesa mais. Percebe-se que tem assumido algumas declarações claramente fora da sua zona de conforto e não tem sabido gerir bem as suas incoerências comunicacionais.

Percebendo que até agora não tem sido nem claro, nem construtivo na forma como comunica com os agentes exteriores, resta saber como será com o plantel. Não é um novato, teve um excelente ano com o Paços de Ferreira, mas o ser humano pode ser perito a fazer coisas bem-feitas, mas também perito a fazer mal algumas coisas. Se não perceber a diferença, com muita naturalidade defenderá todas as suas ações como as melhores.

Jorge Jesus já nos oferece muitos mais pilares de análise. Alguém que tem picos emocionais na forma como comunica exteriormente. Tem uma gestão emocional – melhorou, é um facto – que resvala para o seu discurso com desejos que depois é obrigado a retratar-se com o ‘diz que não disse’. Mas mais interessante, será analisar o ruído que existe entre algumas das suas intervenções e a (não) resposta por parte do plantel. Implicitamente diria que…mais porque não querem.

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