A guerra na Ucrânia, com a invasão russa, dura há mais de dois anos, e ainda mexe com Oleksandr Zinchenko, internacional ucraniano do Arsenal.
Em entrevista ao programa 'BBC Newsnight', o lateral esquerdo voltou a mostrar-se disposto a lutar pela Ucrânia se para tal for chamado. Isto depois de o presidente daquele país, Volodymyr Zelensky, ter esta semana assinado um novo projeto-lei que reduz a idade de mobilização militar para os 25 anos, para garantir mais soldados disponíveis para combate.
"Acho que a resposta é muito clara. Eu iria combater", afirmou sem rodeios o jogador dos gunners, de 27 anos.
O futebolista explicou que tem atualmente antigos colegas de escola a lutarem na frente de batalha, em defesa do país.
"É duro perceber que há pouco tempo estávamos juntos na escola, a brincar no recreio ou a jogar à bola, e agora eles estão na guegga a defender o nosso país. Honestamente, é difícil aceitar isto. Mas é o que é e não podemos desistir.Sei que algumas pessoas pensam que é muito mais fácil estar aqui em Londres ao invés de estar na Ucrânia. Espero mesmo que esta guerra acabe cedo", admitiu", sublinhou.
Zinchenko chegou a jogar na Rússia, nos escalões de formação, mas revela que não tem tido muito contacto com os antigos companheiros de equipa dessa altura. "Desde que a invasão começou, poucos me mandaram mensagem. E não posso culpá-los, porque sei que não é culpa deles. E não lhes posso dizer para irem para a rua protestar, porque seriam presos. Mas a guerra mostrou que os ucranianos já não podem ser amigos dos russos nunca mais. Nunca esqueceremos o que nos fizeram, ao nosso povo. E vou ensinar aos meus filhos e os meus filhos ensinarão aos deles. Isto é inaceitável", lamentou.
O jogador do Arsenal disse ainda que já doou mais de um milhão de libras para ajudar os refugiados da Ucrânia. "É a forma que tenho de poder ajudar o meu país, o meu povo. Não posso estar mais orgulhoso de ser ucraniano. Tenho o sonho de que esta guerra acabe muito muito em breve e de nós possamos reconstruir a nossa Ucrânia, como queremos", terminou.
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