Ainda envolto numa incerteza quanto à data para a realização do The International 10, devido à situação pandémica, a Valve continua a amealhar o valor do prémio geral do famoso torneio de Dota 2. É que o sistema é automático e acumula com 25% da venda dos passes de temporada do seu famoso MOBA. Para ter uma ideia, no ano passado, o prémio distribuído no torneio foi de 34,3 milhões de dólares, dos quais 15,6 milhões foram para a OG, a bicampeã do The International. Este ano, o prémio já vai, no momento em que publicamos esta notícia, nos 34,551 milhões de dólares,

A Valve já havia tomado uma posição sobre o The International 10, que estava previsto realizar-se em setembro de 2020 (depois de uma primeira data avançada para finais de agosto) em Estocolmo, na Suécia, decidindo pelo seu cancelamento. Ainda não se sabe se o evento irá decorrer ainda este ano, e como a Valve revela numa mensagem do Twitter “com o desenvolvimento pandémico a nível global, significa que não conseguimos comprometer com datas para o TI10. Iremos fazer atualização assim que for possível”.

De recordar que a Valve tem planos para transformar o The International num evento ao nível dos Jogos Olímpicos, no que diz respeito à organização. A Valve solicitou às cidades interessadas em ser anfitriãs que se candidatem através de um documento de proposta.

A empresa refere que se encontra na fase preliminar da seleção da próxima cidade que vai receber o The International no futuro, evento que começou em 2011 em Colónia, na Alemanha, e desde então tornou-se num colosso, batendo recordes anualmente. Segundo a Valve, as visualizações globais já rivalizam com eventos desportivos como o Superbowl, o Open de Golf dos Estados Unidos e até o Eurofestival da canção.

A Valve deixa claro que pretende escolher a melhor arena para o evento, mas igualmente aquela que represente maiores receitas financeiras. Por isso, apesar dos requisitos serem exigentes, a nível de segurança e condições gerais, também traça uma lista de benefícios para as cidades que recebem o evento, direto e indiretamente. Um artigo do Vancouver Sun refere que os seis dias de torneio injetou 7,8 milhões de dólares na economia local, destacando os restaurantes, hotéis e outros pontos turísticos.

Do lado da Valve, para a organização do evento, a empresa de Gabe Newell trabalha diretamente com os fornecedores locais para iluminação, equipamento de transmissão, largura de banda de internet e outros elementos essenciais à infraestrutura do torneio. Além disso, todo o catering, a construção dos palcos, as impressões necessárias, a segurança, os serviços de transporte, as decorações, o marketing e entretenimento são requisitados pela empresa organizadora.

A Valve necessita de boas ligações por fibra ótica fornecida por entidades locais de telecomunicações, quartos de hotel para 30 mil pessoas por 10 dias. Por outro lado, obriga a ter autorizações para cortes de trânsito nas imediações e questões de segurança apertadas.