Reformular o modelo de realização dos campeonatos municipais e provinciais de futebol nos escalões de formação, assim como criar políticas que os tornem regular é o ponto comum nas propostas dos dois candidatos à presidência da Associação Provincial de Futebol (APF) na Huíla.

Concorrem ao cargo duas listas, sendo uma liderada por Pepé António (jornalista) e outra por Zinga Carlos (antigo árbitro).

As eleições acontecem na segunda quinzena de Junho, num acto que não contará com o actual líder do organismo, João Gonçalves, que decidiu não concorrer depois de dois mandatos à frente da APF (oito anos).

Em entrevista nesta terça-feira à Angop, Pepé António afirmou que a prioridade é desenvolver o futebol a partir dos escalões de formação, usando um modelo que não dependa muito de financiamento público.

O antigo futebolista disse que a sua estratégia passa por massificar o futebol através da mobilização de apoios que ajudarão a concretizar acções de descoberta de novos valores, com incentivos à prática a partir dos infantis nos 14 municípios.

Sublinhou ainda a necessidade de reorganizar e impulsionar os campeonatos municipais, bem como promover encontros com as associações congéneres para trocas de experiência do ponto de vista organizativo, administrativo e de gestão

Por sua vez, o antigo árbitro Zinga Carlos sublinhou que um dos seus desafios é criar núcleos da modalidade nos municípios, bem como buscar talentos que alavanquem a modalidade a partir das aldeias, com a distribuição de incentivos em equipamentos e material desportivo.

Assegurou, também, que vai persuadir a classe empresarial a apoiar tais núcleos, quer do ponto de vista técnico como organizacional.

A população votante é constituída por 10 clubes federados e não federados, com destaque para o Desportivo da Huíla, Benfica Petróleos do Lubango, Sporting, Recreativo da Chibia e Ferroviário da Huíla.

Esta entrevista à Angop ocorreu numa altura em que, por via de um Decreto sobre a Situação de Calamidade Pública, foi autorizada o retorno das actividades desportivas federadas e de lazer partir do dia 27 de Junho, após terem sido suspensas a 23 de Março devido à covid -19.

Tornado público segunda-feira, em Luanda após prorrogação do Estado de Emergência por três vezes, o documento orienta, no entanto, acções desportivas à porta fechada, obedecendo as regras de biossegurança e o distanciamento físico.