Resumo

Benfica arrancou uma difícil vitória no terreno do Desportivo de Chaves por 2-0, em jogo da sexta jornada do campeonato português. Depois de uma primeira parte muito apática, o conjunto encarnado apareceu mais perigoso na etapa complementar e chegou à vantagem no marcador aos 69 minutos, por Mitroglou, com Pizzi (82’) a fixar o resultado final.

Momento-chave

Toda a primeira parte onde o Chaves foi perdulário. Nota para os dois falhanços incríveis de Rafael Lopes, que podiam ter dado a oportunidade do Chaves sair para o intervalo em vantagem.

Momento Polémico

Já perto do apito para o intervalo, aos 38 minutos, Mitroglou colocou a bola na baliza do Chaves, mas o lance foi assinalado como sendo posição irregular do avançado grego. Contudo, na repetição, vê-se que o goleador dos encarnados está em linha no momento do passe. Má decisão do árbitro. No início da partida, aos 8’, os jogadores flavienses ficaram a reclamar uma mão de Salvio, na sequência de um canto, mas o árbitro deixou seguir numa decisão que foi acertada.

Jogadores em destaque

Grimaldo, esteve na marcação dos livres que deram os dois golos ao Benfica em Chaves. O jogador espanhol do Benfica tem o ‘pedigree’ que se pede a um lateral esquerdo hoje em dia, é rápido na decisão, sabe jogar em profundidade e assiste para golo. Um jogador que agrada a qualquer treinador e adepto.

As vozes dos protagonistas

Pizzi: "Foi um jogo bastante complicado, sabíamos desde o primeiro momento que íamos enfrentar uma equipa difícil, uma equipa bem organizada, com um excelente treinador num estádio complicado com bom ambiente, mas acho que a equipa soube sofrer quando tinha de sofrer e acho que agora na segunda parte demos réplica daquilo que íamos fazer desde o início, acho que os dois golos são merecidos, foi uma vitória justa, mas também tenho de saudar a grande entrega dos jogadores do Chaves, a maneira como nos enfrentaram desde o primeiro momento e que nos causaram muitas dificuldades”.

Rui Vitória: "Um jogo difícil num campo difícil, na primeira parte a equipa do Desportivo de Chaves posicionou-se muito bem em termos defensivos, mas já esperávamos aquilo que viemos a encontrar, uma equipa que se organiza muito bem e que espera muito bem para as saídas para o ataque e nós não tivemos aquilo que pretendíamos, uma dinâmica melhor, mais critério, aumentar a velocidade de circulação entre os corredores, e acabámos por não o conseguir. Depois, ao intervalo rectificámos aquilo que era necessário fazer, aumentar a mobilidade na frente, dar mais velocidade ao jogo. Mas foi uma vitória justa, num jogo difícil contra um bom adversário que já sabíamos que está a fazer um bom início de campeonato e que nos dificultou bastante a tarefa. Realçar também o excelente ambiente que se viveu aqui, quer de uma equipa quer de outra, com o apoio constante à duas equipas e foi um jogo muito interessante e a vitória ficou bem ao produzido”.

Jorge Simão: “Fizemos uma primeira parte muito boa, dentro do nosso plano de jogo. Uma organização defensiva fantástica, o Benfica não criou uma situação de real perigo em bola corrida. Fomos construindo as nossas, não fizemos o golo e a eficácia dita sempre o resultado. Nós construímo-las, claríssimas, volto a dizer. Na segunda parte, o Benfica teve maior domínio territorial, não houve indicação de baixar linhas, mas por mérito do Benfica baixámos. Mesmo nesse período não houve ocasiões de bola corrida. Comecei a sentir e os jogadores também que as bolas paradas podia fazer o resultado, fazer a diferença, e o Benfica aproveitou-as”.

Curiosidades

O Desportivo de Chaves não perdia em casa desde abril de 2015, depois da derrota por 2-1 frente ao Portimonense, em jogo da II Liga da época passada. O Benfica igualou o número (15) de vitórias consecutivas fora de casa na Liga alcançadas em 1973.