O Benfica regressou em 2023 à conquista do título português de futebol, após uma ‘seca’ de três épocas, num ano que foi histórico para as seleções nacionais, tanto a masculina como a feminina.
O FC Porto ergueu pela primeira vez a Taça da Liga, juntando também a 19.ª Taça de Portugal da sua história, com o Sporting a querer esquecer 2023, já que terminou a época sem qualquer troféu e apenas no quarto posto do campeonato, falhando o sempre importante acesso à Liga dos Campeões.
Portugal, com Roberto Martínez a ‘pegar’ na equipa após oito anos de Fernando Santos, apurou-se para o Euro2024 com a melhor fase de qualificação de sempre, somando 10 vitórias em 10 jogos, e a seleção feminina participou pela primeira vez num Campeonato do Mundo e fez história na Nova Zelândia.
Fora dos relvados, a FIFA escolheu Portugal para organizar o Mundial2030, numa candidatura conjunta com Espanha e também Marrocos.
Sob o comando do alemão Roger Schmidt, e depois de um ‘jejum’ de títulos e taças que durava desde 2019, o Benfica chegou ao 38.º campeonato da sua história, terminando a I Liga de forma merecida no primeiro lugar, apesar de ter perdido fulgor na parte final.
O FC Porto ainda reentrou na luta, mas os ‘encarnados’ acabariam por confirmar a conquista na última jornada, perante o Santa Clara (3-0), no Estádio da Luz.
Os ‘açorianos’ acabaram relegados ao segundo escalão, juntamente com Paços de Ferreira e Marítimo, que estava na primeira divisão há 38 anos.
No caminho inverso, o Estrela da Amadora regressou ao grupo dos ‘grandes’ após 14 anos difíceis.
Já o FC Porto falhou o principal objetivo, o bicampeonato, mas, mesmo assim, terminou a época com mais troféus para o seu museu, incluindo a primeira Taça da Liga, algo que já esperava há 16 anos.
Em Leiria, em janeiro, a equipa de Sérgio Conceição bateu o Sporting por 2-0, e voltaria a levantar novo troféu, a Taça de Portugal, pelo mesmo resultado, em junho, no Estádio Nacional, em Oeiras, mas perante o Sporting de Braga.
Os minhotos alcançaram o regresso à Liga dos Campeões, enquanto o Sporting seguiu para a Liga Europa e o Vitória de Guimarães para a Liga Conferência, acabando na nova temporada por nem alcançar a fase de grupos.
Na Europa, o Benfica foi do ‘céu’ ao ‘inferno’, primeiro alcançado uma das suas melhores campanhas de sempre no formato ‘Champions’, quando chegou aos quartos de final em abril, cenário impossível para 2024, já que os ‘encarnados’ já estão eliminados.
Passando para o cenário internacional, com alguma surpresa, o espanhol Roberto Martínez foi o escolhido para render Fernando Santos e teve um ano de estreia em ‘grande’, vencendo todos os jogos na fase de apuramento para o Europeu de 2024, num grupo com Eslováquia, Luxemburgo, Islândia, Bósnia e Liechtenstein.
Não foi só a melhor fase de apuramento de sempre de Portugal para uma grande competição, mas também a seleção nacional contou-se como a melhor equipa em toda a qualificação para estar na Alemanha no próximo ano.
Martínez, que já tinha conseguido esse feito quando comandava a Bélgica, também se tornou no selecionador português com mais vitórias seguidas em jogos oficiais.
Pelo meio da qualificação, em Reiquiavique, Cristiano Ronaldo chegou às 200 internacionalizações, algo único e inédito na história do futebol masculino.
A seleção feminina deixou igualmente uma marca bem grande em 2023, com a participação no Mundial, na Nova Zelândia e na Austrália, algo inédito e que seria impensável há alguns anos, ganhando o nome de ‘navegadores’, num navio comandado por Francisco Neto.
Após bater os Camarões (2-1) no ‘play-off’, Portugal marcou presença na prova e somou a primeira vitória de sempre na prova, quando bateu o Vietname, por 2-0, com Telma Encarnação a fazer o primeiro golo de sempre das lusas em Mundiais.
Mas, a imagem que ficou para a história foi o remate de Ana Capeta ao poste, já nos descontos, no nulo com os Estados Unidos, que daria um triunfo totalmente impensável sobre as norte-americanas, na altura ainda campeãs mundiais, e o apuramento para a próxima fase.
Certo é que Portugal assegurou pela primeira vez uma organização do Campeonato do Mundo, embora de forma conjunta e com dois continentes no plano.
A FIFA escolheu o projeto de Portugal, Espanha e Marrocos, mas, por ser o Mundial centenário, Argentina, Uruguai e Paraguai vão receber os primeiros jogos.
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