Uma exibição do FC Porto a roçar a perfeição, permitiu banalizar o SC Braga (2-0) e valeu um dos melhores jogos da temporada azul e branca. A equipa bracarense esteve uns furos abaixo do costume e nunca conseguiu colocar em causa a vitória portista, que fecha a primeira volta do campeonato, em risco.
Sérgio Conceição optou exatamente pelo mesmo onze que goleou o Estoril (4-0) para a Taça de Portugal e realizou uma das melhores exibições da temporada, enquanto Artur Jorge deixou no banco Saatçi e Rony Lopes, optando por José Fonte e Álvaro Djaló, em relação à equipa que foi eliminada pelo Benfica da prova rainha (3-2). Nos azuis e brancos, Pepê foi o elemento mais móvel do ataque, alternando entre as funções de terceiro médio e segundo avançado.
Os primeiros sinais de perigo na partida foram do lado dos dragões, com Francisco Conceição a ganhar a linha e a deixar Evanilson em posição privilegiada, mas o avançado não deu o melhor seguimento à jogada.
Após uma fase de grande domínio portista, em que os guerreiros nem sequer tinham feito um remate, Fábio Cardoso respondeu da melhor maneira a um livre bem batido por Francisco Conceição e deixou a equipa azul e branca na frente do marcador, logo aos 13 minutos.
Na primeira vez que o SC Braga conseguiu furar a forte pressão portista, Álvaro Djaló apareceu na cara de Diogo Costa mas só conseguiu desferir um remate fraco, que saiu pela linha lateral.
O golo sofrido acordou os bracarenses que, a espaços, iam conseguindo incomodar a defensiva adversária. No melhor lance até então, Álvaro Djaló – sempre ele – conseguiu um cruzamento venenoso, mas foi bem resolvido pelos dragões.
Com o passar dos minutos o jogo foi acalmando e era mais discutido a meio-campo, num ritmo mais pausado. As equipas encaixaram uma na outra e não havia tanto espaço para grandes arrancadas. Do lado do FC Porto, Francisco Conceição e Evanilson eram os maiores agitadores, mas nenhuma das equipas conseguiu alterar o resultado até ao intervalo.
Logo no arranque do segundo tempo, nova contrariedade para o SC Braga. Borja conduz a bola para a zona interior e Evanilson roubou-a, sendo depois abalroado por Matheus dentro da área. Na conversão, o avançado brasileiro não tremeu e aumentou a vantagem portista, logo aos 49 minutos.
Com o desenrolar dos minutos a tendência do primeiro tempo mantinha-se: um FC Porto muito mais dominador e um SC Braga a tentar saídas rápidas, que raramente encontravam o melhor destino. O remate fraco de Ricardo Horta, aos 62 minutos, foi o perfeito exemplo da estratégia falhada dos guerreiros de chegar de maneira veloz à baliza de Diogo Costa, quase sempre sem critério.
Os dragões estabilizaram a partida e controlavam todos os momentos, baixando o ritmo da partida, sendo que os bracarenses só conseguiam criar perigo através da bola parada. Mérito da equipa de Sérgio Conceição que percebeu a necessidade de gerir a vantagem e demérito dos pupilos de Artur Jorge que revelaram incapacidade para desequilibrar no último terço.
Os minutos finais pareceram uma mera formalidade, uma vez que o resultado servia ao FC Porto, que deixou de arriscar, enquanto se manteve impenetrável na defesa e somou o segundo jogo seguido sem sofrer golos.
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