O Sobreirense e o União Mucifalense lamentaram, em comunicados, os incidentes ocorridos no jogo entre as suas equipas de sub-21, após o qual foram exibidos 21 cartões vermelhos, mas trocam acusações sobre origem e motivações dos mesmos.
Num comunicado divulgado hoje, o União Mucifalense refuta os factos narrados na segunda-feira, também em comunicado, pelo Sobreirense, anfitrião do encontro, disputado no domingo e relativo à Taça da Associação de Futebol de Lisboa (AFL), e considera que as instalações “não oferecem condições de segurança”, indicando a existência de um bar a funcionar atrás de uma das balizas.
A formação do Mucifal, que venceu o encontro por 3-2, alude a “comentários de ordem machista e vexatória” à sua terapeuta e a outros de ordem racista contra jogadores, e refere que ocorreu uma invasão de campo assim que o jogo terminou, “perpetrada por adeptos da equipa local”.
O clube considera que os seus atletas foram “agredidos de forma bárbara e cobarde” a acrescenta: “Na sequência desta invasão de campo, a barbárie e violência obviamente que proliferaram e tornou-se incontrolável pelos que tentaram apaziguar os infratores”.
Antes, o Sobreirense tinha repudiado “os atos de violência protagonizados pelos atletas do União Mucifalense”, considerando que as agressões ocorridas configuram “prática de crime”.
O clube do Sobreiro Curvo elenca uma série de comportamentos de atletas da equipa adversária que considera “um péssimo exemplo” e diz mesmo que durante “a batalha campal”, ocorrida após o apito final, “foram expulsos, sem culpa” oito atletas seus.
Ambas as equipas se consideram prejudicadas com os acontecimentos e pedem uma investigação aos factos, com a equipa da casa a apelar diretamente à AFL, à Guarda Nacional Republicana (GNR) e à Autoridade para a Prevenção e Combate à Violência no Desporto.
Após o final da partida, disputada no Sobreiro Curvo, concelho de Torres Vedras, o árbitro Rui Madeira (Lisboa) mostrou 21 cartões vermelhos (13 a jogadores do União Mucifalense e oito a jogadores do Sobreirense) na sequência de agressões.
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