Cristiano Ronaldo pode tornar-se segunda-feira o primeiro jogador português a bisar a conquista da Bola de Ouro, sendo certo, desde já, que estará pela sétima vez consecutiva no top 6 e pela sexta no pódio.
Finalista do troféu atribuído conjuntamente por France Football e FIFA desde 2010, juntamente com o argentino Lionel Messi (FC Barcelona) e o francês Franck Ribéry (Bayern Munique), o “capitão” da seleção lusa, vencedor em 2008, pode deixar para três Eusébio, falecido domingo, e Figo.
O “rei” ganhou em 1965, como jogador do Benfica, quando só os jogadores europeus eram elegíveis, enquanto Figo venceu em 2000, na transição do FC Barcelona para o Real Madrid e numa altura em que o prémio já tinha sido aberto a todos os jogadores que evoluíam em equipas europeias.
Ao contrário de Eusébio, os dois produtos da cantera do Sporting venceram o prémio quando a FIFA também já elegia o melhor do ano (desde 1991), sendo que o atual jogador do Real Madrid venceu os dois troféus no mesmo ano, ao contrário do ex-10 dos merengues, premiado pela FIFA um ano depois (em 2001).
Mesmo que não some o segundo troféu, Cristiano Ronaldo já é, claramente, o jogador luso com mais presenças no pódio da Bola de Ouro, pois, com a presença entre os três finalistas de 2013, assegurou uma sexta: desde 2007, só falhou em 2010.
Ronaldo foi segundo em 2007, atrás do brasileiro Kaká, vencedor em 2008, segundo em 2009, 2011 e 2012, sempre depois de Messi, e, pelo menos, será terceiro em 2013.
Em matéria de top 10, o 7 luso assegurou a sétima - e de forma consecutiva -, mas, neste capítulo, o melhor é Eusébio, com oito, entre 1962 e 1973.
Ainda foi pontuado mais três vezes, sendo apenas batido em termos de nomeações pelo alemão Franz Beckanbauer e o holandês Johan Cruyff (ambos citados em 12 ocasiões).
Além do triunfo de 1965, o Pantera Negra somou dois segundos lugares, em 1962 e 1966 - ano em que perdeu por um mísero ponto para o inglês Bobby Charlton -, um quarto (1964), dois quintos (63 e 67), um sétimo (73) e um oitavo (68).
Por seu lado, Figo ostenta três presenças entre os melhores, já que, antes e depois do triunfo, foi quinto em 1999, como jogador do Barça, e sexto em 2001, já merengue.
Entre os jogadores portugueses, outro esteve muito perto de vencer o troféu: em 1987, ano em que ajudou o FC Porto a sagrar-se campeão europeu e rumou ao Atlético de Madrid, Paulo Futre foi segundo, a 15 pontos do holandês Ruud Gullit.
Por seu lado, o internacional luso Deco também conquistou, em nome de Portugal, um segundo lugar, em 2004, curiosamente também no ano em que saiu do FC Porto campeão da Europa para Espanha, no seu caso para o FC Barcelona.
Nas contas finais de 2004, ano em que também chegou à final do Europeu, com a seleção lusa, somou menos 26 pontos do que o ucraniano Andrei Shevchenko.
Na história da Bola de Ouro, mais quatro portugueses conquistaram lugares no top 10, entre eles Fernando Chalana, quinto em 1984, depois do brilharete no Europeu, que lhe valeu a troca milionária do Benfica para o Bordéus.
Por seu lado, Ricardo Carvalho foi nono em 2004, na transição entre FC Porto e Chelsea, enquanto os malogrados benfiquistas José Águas e José Torres fecharam os 10 melhores em 1961 e 66, respetivamente.
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