O Sindicato dos Jogadores de futebol criticou a situação do Villa Athletic, clube criado no verão e inscrito na Associação de Futebol de Portalegre, que terá deixado os jogadores em situação precária.
“As últimas semanas ficaram marcadas por dois casos particularmente graves no futebol distrital, que deixaram dezenas de jogadores, muitos deles estrangeiros, numa situação de estado de necessidade absolutamente inaceitável”, refere hoje o Sindicato, em comunicado.
O organismo presidido por Joaquim Evangelista sublinhou que, ao caso do CF União Serpense, também com problemas financeiros, juntou-se o do Villa Atletic, clube fundado no verão e que se terá revelado um “projeto ruinoso”, criando-se um plantel e equipa técnica para a qual não existia capacidade de sustento.
De acordo com informação vinda a público, o projeto, criado por Fábio Lopes, juntamente com pessoas ligadas à música, levou à contratação, entre outros, de alguns nomes bem conhecidos do futebol, como o ex-jogador Meyong, para treinador da equipa, e os veteranos Edinho e André Carvalhas.
“Este caso do Villa Athletic, em particular, vem demonstrar que, independentemente da zona do país, é preciso atenção e exigência no processo de licenciamento de novos clubes. O Sindicato tem denunciado e insistido ao longo dos últimos anos na urgência de rever os pressupostos de licenciamento e escrutínio do investimento nos clubes e sociedades desportivas, aumentando a exigência e a prestação de garantias financeiras, sem as quais estes fenómenos continuarão a ocorrer”, frisou o organismo.
Na segunda-feira, o presidente do Villa Athletic Club, Fábio Lopes, assumiu, em comunicado enviado à agência Lusa, que o clube, que compete nos distritais de Portalegre, atravessa “dias muito difíceis”, por dificuldades financeiras, e procura “soluções de viabilização” do projeto.
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