O treinador do Sporting afirmou hoje que o momento da equipa "não é tão negro como estão a pintar", referindo que o grupo tem de melhorar para conseguir vencer o Nacional, na 14.ª jornada da I Liga de futebol.
"A fase não é boa, tivemos exibições muito abaixo, mas não vamos fazer disto uma mancha negra e [dizer] que tudo está mal. Não é o lugar em que queremos estar, pela primeira vez os adeptos mostraram insatisfação no jogo com o Moreirense e com razão para isso, mas não é tão negro como se está a pintar", disse Marco Silva em conferência de imprensa.
O técnico disse que o grupo de trabalho não está satisfeito com o quinto lugar no campeonato, mas lembrou o percurso da equipa na Taça da Portugal e na Liga dos Campeões, em que esteve perto do apuramento para os oitavos de final, acabando por cair para a Liga Europa.
"Não estivemos ao nosso nível no último jogo e não estava contente e eles também não estão contentes. Quando crítico os meus jogadores, o maior criticado sou eu, que lidero a equipa", referiu, manifestando confiança na obtenção de uma boa resposta já no jogo de domingo, no Funchal.
O técnico dos ‘leões’ defendeu que o jogo frente ao Nacional será difícil e explicou que a equipa terá de melhorar a nível exibicional se quer trazer os três pontos da Madeira.
"Nós sabemos que jogar na Choupana é sempre difícil. O Nacional tem sempre boas equipas, com jogadores de qualidade e é muito bem orientado pelo Manuel Machado. Apesar de não estar fazer campeonato que ambicionava, é forte na sua casa. É um jogo difícil e vamos ter de melhorar em função dos últimos jogos para vencer", afirmou.
Marco Silva anunciou que Nani vai estar ausente frente ao 13.º classificado da liga e explicou que a falta de um jogador da sua qualidade afeta qualquer equipa, mas recusou o cenário de que esse é o motivo das exibições menos conseguidas, que mantêm os ‘leões’ no quinto posto, a 10 pontos do líder, o Benfica.
Afirmando que não pretende alimentar ‘novelas’, o técnico escusou-se a comentar as palavras do presidente do Sporting, Bruno de carvalho, que disse assumir a sua responsabilidade em relação às exibições menos boas e que “é preciso que os demais envolvidos assumam com frontalidade a sua quota-parte”.
"A minha responsabilidade como treinador obriga-me a ter prudência. Não vou dizer se foram ou não oportunas as declarações do presidente. Li como vocês leram e não sabia que o presidente o ia fazer. Sobre os reforços não tínhamos falado sobre isso", defendeu.
Na véspera, Bruno de Carvalho deu a entender que não haveria contratações em janeiro, enumerando como reforços uma série de jogadores da equipa B.
Marco Silva explicou ainda que as declarações do líder máximo do clube não trazem mais pressão ao grupo de trabalho.
"A pressão no futebol é uma constante e num clube como o Sporting é diária. Quando o líder máximo do clube fala tem impacto, mas não traz mais pressão", concluiu.
Comentários