O investidor norte-americano Stephen Ross, organizador da International Champions Cup – torneio que engloba jogos particulares no verão – propôs a criação de uma Superliga europeia.
Segundo o jornal espanhol Marca, a competição seria constituída por 24 equipas das cinco principais ligas europeias – Inglaterra, Espanha, Itália, França e Alemanha.
O torneio não teria promoções ou descidas e as equipas não teriam de cumprir o fair-play financeiro da UEFA, algo que evitaria um limite nas inscrições.
Os defensores desta ideia vão à UEFA com um grande ´trunfo' na manga: a patinagem artística. É que os patinadores denunciaram a ISU - organização mundial de patinagem - por não poderem participar em provas de outras organizações, e acabaram por ganhar na queixa apresentada junto a União Europa. Os defensores da Superliga Europeia acreditam que mesma decisão será aplicada, caso a UEFA avance para a expulsão dos clubes que possam aderir a nova competição de elite de clubes.
O mesmo diário adianta que os clubes querem pressionar a UEFA com a ideia de que os jogadores que troquem de equipa no mercado de inverno depois de participarem na Liga dos Campeões ou a Liga Europa pelo clube de origem, possam jogar nas fases finais desta competição.
No entanto será difícil que esta ideia avance enquanto Ceferin for presidente da UEFA. O esloveno disse, há um ano, durante o 'Football Talks', organizado pela FPF, que era completamente contra a possibilidade da criação de uma superliga que reúna os ‘tubarões’ da Europa.
"Tenho a certeza de que não haverá uma Superliga. Isso significaria uma guerra a UEFA. Claro que ninguém o pode garantir, mas enquanto eu lá estiver não haverá Superliga", afirmou, a 22 de março de 2017.
“Vai tudo continuar na mesma: formas de acesso e formato. O apuramento para a Liga dos Campeões tem de ser um sonho para todos. Não pode haver uma competição fechada”, reforçou o esloveno.
Aleksander Ceferin falou ainda sobre as desigualdades entre os clubes europeus, salientando que as mesmas nunca "serão totalmente desfeitas". Apesar dos esforços que têm vindo a ser feitos. "Com o sistema de licenciamento e de fair-play estamos a fazer um trabalho muito bom. Estamos a tentar fazer o máximo possível, mas é impossível acabar com todas as diferenças", adiantou.
“Não podemos ignorar o facto de que os países do top-5 atraem 86 por cento das receitas e levam só 60 por cento dessas receitas. Temos de ser diplomáticos, inteligentes e investir na solidariedade entre as associações nacionais e clubes mais pequenos. Acho que estamos a fazer um bom trabalho, mas isso é sempre tema de debate”, acrescentou, À margem do Football Talks, evento que decorre até sexta-feira no Centro de Congressos do Estoril, em declarações aos jornalistas à margem do 'Football Talks' de 2017, evento que decorreu no Centro de Congressos do Estoril.
*Artigo atualizado
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