As decisões estruturantes tomadas pela direção do FC Porto “em cima do ato eleitoral” deixam André Villas-Boas inquieto, admitiu hoje o candidato à presidência do vice-campeão nacional de futebol nas eleições previstas para 27 de abril.
“Todos os candidatos sonham em ser eleitos. A equipa que está em gestão tem de tomar decisões, mas não sei se não prevarica com determinada moralidade e ética que tome decisões tão estruturantes para o futuro do FC Porto numa fase tão decisiva. Mesmo que haja mudança [nos órgãos sociais], esse respeito era devido aos associados”, lamentou.
André Villas-Boas falava durante uma sessão dedicada à revisão do relatório e contas da FC Porto SAD no primeiro semestre de 2023/24, que gerou lucros de 45,285 milhões de euros (ME) e diminuiu os capitais próprios negativos de 175,980 ME para quase 8,5 ME.
“O Porto acumulou 250 ME ao seu passivo em 12 anos. Daí a projeção que eu fiz de que serão necessários 12 anos para reformatar o clube. Sabemos que, nesse caminho para a viabilidade financeira, está a compra e venda de jogadores, principalmente os que estão relacionados com a formação. Isso trará alguma sustentabilidade a longo prazo”, vincou.
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