"São 11 contra 11 e no fim ganha a Alemanha". Uma das citações eternas de Gary Lineker, antigo avançado inglês, que voltou a escrever-se certa, desta feita na Taça das Confederações: Os alemães venceram o Chile por 1-0 e conquistaram pela 1ª vez a competição, com um golo solitário de Stindl.
Alemanha e Chile procuravam o título inédito na Taça das Confederações. Nunca as duas equipas tinham conseguido vencer este título na sua história. Cada equipa teve uma abordagem distinta para o encontro. Juan Antonio Pizzi não mudou nada em relação à partida frente a Portugal, deixando Vargas e Alexis Sanchez com as despesas do ataque. Já Joachim Low, em relação à última partida, trocou Henrichs e Mustafi.
De um lado uma equipa mais veterana, o Chile: Com um média de idades de 30 anos. Já a Alemanha, aparecia para a final com uma média de idades de 24 anos.
O Chile teve um início mais explosivo e poderia ter chegado ao golo aos 5 minutos. Vidal aproveitou uma bola perdida para testar o remate após um corte de Rudiger. Valeu Ter Stegen a manter o marcador a zero. Aos 20 minutos, o Chile podia ter novamente chegado à vantagem. Pontapé de Vidal, Ter Stegen defende para a frente e Alexis Sanchez na cara de Ter Stegen não conseguiu fazer o golo.
O Chile ataca muito bem, mas a defesa está longe de ser um dos seus pontos fortes. Aos 21 minutos, acabou por claudicar justamente onde é mais frágil. Marcelo Diaz com a bola dominada deixou-se antecipar por Werner. O jogador alemão roubou-lhe a bola e perante a saída de Bravo colocou-a em Stindl que com a baliza aberta não tremeu. A equipa de Joachim Low estava como queria.
A Alemanha mais fria e calculista chegava assim à vantagem perante um Chile com o coração no lugar dos pés, muito balanceado para o ataque e com poucos olhos para a defesa. Em cima do intervalo, os germânicos podiam ter ampliado a vantagem e em mais um erro de palmatória da equipa adversária. Jara perde a bola para Draxler que lançou rapidamente Goretzka. Isolado, não conseguiu fazer o golo.
No segundo tempo, os germânicos podiam ter novamente ampliado a vantagem. Draxler passou por várias adversários e só o carrinho de Jara evitou o golo. A partir dos últimos 25 minutos, o Chile tentou tudo para chegar ao empate para levar a partida para o sempre imprevisível prolongamento. Com dificuldades em arranjar espaços perante um coletivo alemão muito difícil de destronar, o Chile tentava a meia distância. Vidal acertava com a baliza, mas estava lá quase sempre Ter Stegen.
No último suspiro do Chile, Alexis Sanchez dispôs de um livre à entrada da área, mas o jogador do Arsenal não conseguiu fazer o empate. O encontro chegava assim ao final. Joachim Low acaba por ser um dos vencedores da noite. O técnico alemão com uma equipa de segundas linhas acabou por garantir mais um troféu para a Federação germânica, depois do campeonato do mundo conquistado em 2014. É a vitória do coletivo e da juventude. Em 2018, provavelmente muitos destes jogadores marcarão presença no próximo campeonato do mundo, competição em que os alemães são um dos principais favoritos. Os germânicos tornaram-se assim na equipa mais jovem a vencer a Taça das Confederações e talvez na última. É que a FIFA já pensa seriamente em acabar com esta competição.
Onze da Alemanha: Ter Stegen; Kimmich, Mustafi, Rudiger, Ginter, Hector; Goretzka, Rudy; Werner, Stindl, Draxler;
Onze do Chile: Bravo, Isla, Medel, Jara, Beuasejour; Marcelo Diaz, Aranguiz, Vidal, Pablo Hernandez; Vargas e Alexis;
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