O “sonho da subida” continua a mobilizar os adeptos do Sporting da Covilhã, que, em três dias, encheram cinco autocarros para a deslocação ao reduto do Sporting de Braga B.

As excursões têm sido organizadas pela claque Leões da Serra e o transporte foi cedido pela autarquia. Por motivos logísticos, as inscrições foram encerradas na quinta-feira, mas são muitos os adeptos que continuam a tentar integrar o grupo de apoio à equipa, que se encontra a dois pontos dos lugares de subida à I Liga.

Segundo Márcia Poeta, presidente da claque, são esperados mais de 300 adeptos do Sporting da Covilhã no Estádio 1.º de Maio, já que, para além dos que se deslocam nos autocarros, há também quem vá em viatura própria e há covilhanenses a viver em outras zonas do País que manifestaram a intenção de irem ter a Braga.

A dirigente dos Leões da Serra diz que é “o sonho da subida” que move a massa adepta e a faz esquecer as distâncias para apoiar a equipa.

“Vemos as pessoas a acreditar que é possível. Sentimos que é possível concretizar este sonho", frisou, em declarações à agência Lusa, a presidente da claque, que acredita na passagem dessa energia para dentro de campo e, por isso, entende ser profícua a mobilização pouco habitual dos sócios, não apenas nos jogos em casa, mas também fora, como tem acontecido.

Para Márcia Poeta, a formação orientada por Francisco Chaló, por ter um orçamento reduzido e ser constituída por muitos jogadores provenientes de escalões inferiores, “já fez história” por estar a dois pontos dos lugares de promoção, a seis jornadas do final da II Liga.

“Só uma equipa muito humilde conseguiria alcançar o que já alcançou”, salienta. A dirigente lamenta é que as duas últimas jornadas fora sejam na Madeira e Açores, o que dificulta a viagem dos adeptos para mostrarem o habitual apoio.

Luís Berrincha, 46 anos, só costuma assistir às partidas em casa, mas mesmo em dia de jogo importante entre o seu outro clube, o Benfica, com o FC Porto, decidiu ir a Braga, numa fase que considera decisiva.

“A ver se eles sobem à I Liga, porque este ano estão mais fortes, jogam mais, nem se compara. Os jogadores têm mais garra este ano. Quero ir porque acho que verem que têm apoio dá-lhes mais força", sublinhou o adepto, com saudades de ver os serranos no principal escalão do futebol nacional, o que já não acontece desde a temporada 1987/88.