O clube de futebol argentino Boca Juniors anunciou na quinta-feira que vai recorrer da decisão do tribunal de disciplina da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) de transferir para Espanha a segunda mão da final da Taça Libertadores.
Originalmente marcado para 24 de novembro no estádio Monumental River Plate, o encontro entre os rivais da capital argentina Boca Juniors e River Plate acabou por ser adiado por causa do ataque ao autocarro que transportava os jogadores da equipa visitante, poucas horas antes do início da partida.
Em comunicado, o Boca Juniors informou que vai recorrer da decisão anunciada pela Conmebol no domingo e, possivelmente, perante o tribunal de arbitragem do desporto.
A marcação do jogo para a capital espanhola, Madrid, aconteceu pouco depois de o tribunal ter recusado o recurso apresentado pelo Boca Juniors, que pretendia ver-lhe atribuído o troféu, devido ao ataque de que os seus jogadores foram alvo e que motivou o adiamento do jogo.
No encontro da primeira mão, disputado a 10 de novembro, no estádio La Bombonera, casa do Boca Juniors, registou-se um empate (2-2).
O Tribunal de Disciplina da Conmebol decidiu mandar reprogramar o encontro da segunda mão da final da Taça Libertadores - pela primeira vez disputada entre dois clubes argentinos -, puniu o River Plate com a realização de dois jogos à porta fechada em 2019 e ainda multou o River Plate em 400 mil dólares (cerca de 351 mil euros ao câmbio de hoje).
Vários jogadores do Boca Juniors ficaram feridos no incidente de 24 de novembro, por serem sido atingidos por vidros ou devido ao uso de gás lacrimogéneo por parte da polícia, com o capitão Pablo Pérez a ter de ser assistido no hospital, antes de regressar ao estádio, com uma pala a proteger o olho esquerdo.
A final da edição de 2018 da Taça Libertadores é a última jogada em duas mãos, uma vez que a partir de 2019 será disputada num jogo único, como acontece com a Liga dos Campeões europeus.
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