Danny Jordaan, antigo diretor-executivo do comité organizador do Mundial2010 de futebol da África do Sul, cancelou a sua ida à Polónia e Ucrânia para assistir a jogos do Euro2012 em protesto contra o racismo.
Jordaan, que foi também político e ativista anti-"apartheid", nas décadas de 1970 e 1980, declarou ao canal de notícias "e-news" que não participar no evento é uma forma de protesto contra os incidentes racistas cuja responsabilidade tem sido atribuída aos adeptos polacos e ucranianos.
«A FIFA tem nos seus estatutos e regulamentos uma posição muito clara contra o racismo no futebol. É urgente começar a levá-los a sério e punir exemplarmente os responsáveis», disse o ex-CEO do Mundial2010.
Hoje, na cidade polaca de Lodz, cerca de meia centena de "hooligans" atacaram adeptos ingleses que se divertiam num bar da cidade e lançaram insultos contra jogadores de futebol negros e mestiços da seleção britânica.
Também esta semana, o capitão da seleção holandesa, Mark van Bommel, acusou adeptos polacos que assistiram ao treino da sua equipa em Cracóvia, de terem feito sons a imitar macacos para ridicularizarem os dois jogadores não-brancos da seleção holandesa.
Para Danny Jordaan, «não é admissível para quem lutou contra o “apartheid” e outras formas de racismo pactuar, mesmo sendo com uma presença no Euro2012, com o que se está a passar no leste europeu».
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