Inglaterra, com o fator casa e nas ‘mãos’ de uma das melhoras treinadoras do mundo, e a Espanha, com a melhor futebolista da atualidade, a catalã Alexia Putellas, surgem na linha de frente na candidatura ao Europeu feminino.
Para as inglesas, que têm como melhor resultado dois segundos lugares em Europeus (1984 e 2009), a oportunidade é de 'ouro': por um lado, atravessam um dos melhores momentos geracionais, e, por outro, contam com a selecionadora Sarina Wiegman.
Foi Wiegman, eleita a melhor treinadora do mundo em 2017 e 2020, que levou os Países Baixos ao título europeu em 2017, quando também jogavam em casa, e conduziu ainda a equipa à final do Mundial2019, perdendo com os Estados Unidos.
Na equipa, a lateral Lucy Bronze, de pai português e considerada uma das melhores jogadoras do mundo, é um dos principais esteios, a par de Millie Bright ou Leah Williamson, num grupo em que a grande 'baixa' é a 'capitã' Steph Houghton, lesionada.
Na qualidade de anfitriã, a Inglaterra (oitava do ‘ranking’ feminino da FIFA) entra em competição no grupo A, no qual tem como adversárias a Noruega (11.ª, campeã em 1987 e 1993), a Áustria (21.ª), surpreendente semifinalista em 2017, e a estreante Irlanda do Norte (47.ª).
A Espanha, que tem como grande 'baixa' a avançada Jenni Hermoso, lesionada, também procura a sua primeira ‘coroa’ europeia, num Europeu a que chega depois de um grande crescimento, alicerçado no FC Barcelona, campeão europeu em 2021 e ‘vice’ em 2022.
No Europeu são nove as jogadoras ‘culés’, entre as quais Sandra Paños, Mapi León, Irene Paredes ou Alexia Putellas, mas à Espanha ainda falta mostrar, sob a orientação de Jorge Vilda, esse caminho coincidente com os êxitos do ‘Barça’.
As espanholas, sétimas na hierarquia mundial, devem discutir no grupo B o apuramento para os quartos de final com a vice-campeã europeia Dinamarca (15.ª), equipa em que se destaca Pernille Harder (Chelsea), e a Alemanha (quinta), a recordista de títulos (oito), enquanto a Finlândia (29.ª) está muito atrás.
No grupo de Portugal, entram duas das seleções do top-4 mundial: a Suécia (segunda no 'ranking') e os campeões Países Baixos (quartos), seleções que o selecionador português Francisco Neto coloca igualmente na ‘pole position’ para o título.
“Acho que a Suécia e os Países Baixos, apesar de estarem no nosso grupo, pelo historial delas, são fortes candidatas, mas inseria, sem dúvida nenhuma, uma Espanha e uma Inglaterra, a equipa da casa”, disse, em entrevista à agência Lusa.
Para o técnico são quatro as seleções que estão “um patamar à frente das outras”, embora no grupo D a França, país do campeão europeu Lyon, possa aparecer “numa segunda linha”, sem esquecer as habituais surpresas.
“Normalmente, nos campeonatos da Europa há sempre uma surpresa. No último, a Dinamarca conseguiu atingir uma final e a Áustria conseguiu chegar a uma meia-final. Vamos ver quem será a surpresa deste campeonato da Europa”, considerou o selecionador.
A França, que conta com nomes como Marie-Antoinette Katoto (Paris Saint-Germain) ou Delphine Cascarino e Melvine Malard (Lyon), voltou a deixar de fora, por opção, Amandine Henry, melhor jogadora da final da ‘Champions’, e Eugénie Le Sommer, a melhor marcadora de sempre da equipa, ambas 'proscritas', segundo a imprensa, pela selecionadora Corinne Diacre.
No grupo D, as gaulesas (terceiras do mundo), encontram Itália (14.ª), Islândia (17.ª) e Bélgica (19.ª).
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