Esta manhã, a Web Summit recebeu uma palestra sobre o futebol feminino. Barbara Slater, diretora de desporto da BBC, Meghan Klingenberg, co-fundadora e presidente da Re-Inc e campeã do mundo, e Jenny Wang, também da Re-Inc, estiveram à conversa sobre a evolução e o impacto do futebol feminino no mundo.

Klingenberg, jogadora dos Portland Thorns e titular na seleção feminina dos Estados Unidos, admitiu que o futebol feminino pode fazer diferença para melhor no mundo do desporto e deu o Campeonato do Mundo como exemplo.

"A diferença no futebol feminino é o que o torna bonito. Ajuda as mulheres a assumirem-se, a terem uma palavra a dizer. O futebol masculino é um negócio, mas é um negócio muito público, quer seja por causa do racismo, ou da homossexualidade. Se usarmos isso a nosso favor, o futebol vai ser melhor, porque torna-se mais inclusivo. Infelizmente, devido à política, várias pessoas podem jogar só por serem quem são. No futebol feminino não é assim, e acho que o futebol no geral ficaria bem melhor sem essas situações", afirmou Meghan Klingenberg, durante a palestra.

Barbara Slater concordou com a jogadora e frisou também os avanços alcançados nos últimos anos em termos de visibilidade, principalmente com o Campeonato do Mundo, vencido pelos Estados Unidos da América.

"Se voltarmos a 2015 e analisarmos os números, a assistência é completamente diferente da que registámos este ano. Eu acredito que o futebol feminino é essencial e foi capaz de criar uma audiência. Este fim-de-semana conseguimos passar um jogo na televisão em horário nobre, é uma vitória. A qualidade é mais importante que a quantidade, mas deveria acontecer com mais regularidade. O avanço que fizemos nos últimos anos é fantástico", rematou a diretora da BBC.

Recorde-se que Meghan Klingenberg formou a marca Re-Inc em conjunto com as companheiras de seleção Megan Rapinoe, Christen Press e Tobin Heath com o objetivo de "lutar grandeza, pelas identidade e pelo valor de cada um".