O árbitro assistente internacional angolano Jerson Emiliano dos Santos defendeu esta quarta-feira, no Lubango, a aposta dos dirigentes africanos na introdução do sistema vídeo-árbitro (VAR), para que haja mais justiça nos resultados dos jogos.

Em entrevista exclusiva à Angop, para fazer um balanço da sua participação no Mundial, Rússia2018, que terminou no domingo, o jovem assistente de 35 anos, questionado se Angola está ou não pronta para introduzir esse sistema no seu campeonato, disse acreditar que é possível.

Para ele, a concretização desse desiderato só depende de quem gere a política desportiva e da disponibilidade financeira, porque requer muita tecnologia e formação de pessoal, mas se na Europa, Ásia e América já está em uso, África pode aderir também, pois a CAF já fez o seu uso na final do CHAN.

Sublinhou que o VAR é um suplemento positivo, pois, antes da sua implementação, havia muita contestação do desempenho dos árbitros, sendo que alguns cometeram erros por tomarem decisões em poucos segundos, pelo que prejudicaram muitas equipas, mas esse é um sistema que veio a favor da verdade desportiva e repor alguma justiça no jogo.

Lembrou que já lida com o VAR desde 2016, no Mundial de Clubes, no Japão, pelo que já tinha algum conhecimento e prática, o que o ajudou, frisando que nos dois jogos que participou não houve interferência visível do mesmo, embora tenha recebido algumas comunicações via auriculares, sem que o árbitro fosse ao monitor.

Na Rússia, foi o primeiro assistente do zambiano Jammy Sikazwe e que também teve como 2.º assistente o sul-africano Zakhele Siwela, que ajuizaram os jogos Bélgica-Panamá, Japão-Polónia, na primeira fase, equipa de reserva no França-Perú e Rússia-Croácia, esse último dos quartos de final.