A permanência do Recreativo da Caála na presente edição do Campeonato Nacional de Futebol da I Divisão (Girabola 2018/2019) dependerá da remarcação, pela Federação Angolana Nacional (FAF), do jogo diante do Santa Rita do Uige, a contar para a 1ª jornada da competição.

A posição foi assumida hoje, em declarações à imprensa pelo presidente do clube, Horácio Mosquito, referindo que a decisão saiu da assembleia de sócios, realizada após a federação ter atribuído derrota por falta de comparência ao jogo que já havia sido remarcado para o dia 17 de Novembro.

Informou que o clube já enviou ao órgão reitor do futebol nacional a solicitação da remarcação do jogo, que não foi disputado na altura devida porque a FAF impediu que o Recreativo da Caála entrasse em campo, alegando que o conjunto tinha dívidas com o órgão e com alguns seus ex-jogadores.

Na altura, segundo Horácio Mosquito, os caalenses exigiram, para voltar ao Uige, que fossem ressarcidos os seis milhões e 800 mil kwanzas gastos com alojamento, alimentação e aluguer da aeronave,  prontamente aceites pelo órgão reitor da modalidade.

No entanto, a partida havia sido remarcada para o dia 17 de Novembro, mas a dois dias do jogo, a Federação Angolana de Futebol comunicou à direção do representante da província do Huambo ao Girabola que estava sem dinheiro, na altura, para suportar as despesas.

Em consequência, o plantel caalense, que já se encontrava em regime de estágio, não viajou a cidade do Uíge com recursos próprios, como forma de pressionar o órgão reitor da modalidade a ressarcir o valor acordado depois de ter sido adiado o jogo.

Para o presidente do Recreativo, não se trata de uma chantagem, mas sim uma alternativa do clube pelo facto de ver-se prejudicado pela decisão da federação.

Após disputa da quarta jornada, o Recreativo da Caála soma quatros pontos na 11ª posição da tabela classificativa.