Os clássicos entre Petro e 1.º de Agosto são sempre de motivações acrescidas entre a direcção dos clubes, técnicos e adeptos, onde errar é proibido. O guarda-redes Gerson é "vítima" desta maneira de estar em situações do género.

Após a destacada actuação do guarda-redes Elber no encontro deste domingo em mais um desafio entre estes dois contendores para a 11.ª jornada do Campeonato Nacional de futebol da primeira divisão, Girabola2019/20 (Petro e 1.º de Agosto, 2-0), no Estádio 11 de Novembro, vem à memória o episódio da edição anterior que acabou remetendo para a condição de “eterno banco” ao então titularíssimo Gerson Barros.

No mesmo cenário, no Girabola passado, o guarda-redes do Petro de Luanda consentiu um golo “do meio da rua”, considerado “frango” na gíria do futebol. Quase do meio campo, Dany Massunguna rematou certeiro aos 38 minutos, em desafio de acerto da 8ª jornada da edição de 2018/19, disputado dia 9 de Fevereiro (1-0).

Os adeptos nunca o perdoaram por isso. De lá para cá, Gerson Barros viu o seu lugar ocupado por Élber, alegadamente por opções técnicas como foi justificado pelo anterior treinador, o hispano-brasileiro Beto Bianchi. O actual treinador, o espanhol António Cosano, entretanto, subscreve-o.

Antes mesmo de terminar aquela edição, o “eterno” suplente ainda foi colocado em campo, mas os adeptos “brindaram-lhe” com vaias. Foi o veredicto. Gerson não mais voltaria a defender as redes petrolíferas como titular.

Aquela falha possibilitou que o arqui-rival se isolasse na classificação da prova, que acabou vencendo com 70 pontos, mais seis que Petro de Luanda.

No “Catetão” desde a temporada de 2014, o guarda-redes, que já representou a selecção nacional, conquistou a Taça de Angola em 2017, sendo o único título pelo clube com o qual tem contrato até esta época.

Formado no Moitense de Portugal, estreou-se no Girabola em 2011 na extinta formação do Santos FC, onde jogou até 2013. Desde então, está ao serviço do Petro de Luanda.

A rivalidade entre D’Agosto e Petro, os dois maiores emblemas do país, é muito exigente com os protagonistas, do mesmo jeito que os “endeusam” também os “ostracizam”. Já lá vão 79 encontros entre as duas formações mais tituladas do Girabola com vantagem para o Petro (32 vitórias), contra 25 do 1.º de Agostos. O histórico regista 22 empates.