A organização humanitária Human Rights Watch, o comité olímpico e a FIFA uniram-se em apoio a um lutador iraniano que enfrenta a pena de morte no Irão, acusado de vários crimes, sujeito a tortura e confissões forçadas.
As autoridades iranianas abriram três processos contra Navid Afkari e o irmão Vahid, ambos presos em setembro de 2018 por dezenas de acusações, incluindo participação em manifestações ilegais, insulto ao líder supremo do Irão, roubo, inimizade em relação a Deus e homicídio.
O presidente do Comité Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, disse estar "extremamente preocupado" com o caso, e a Federação Internacional de Futebol (FIFA) pediu que "a vida do atleta Navid Afkari seja salva".
Em 15 de outubro de 2019, o Tribunal Criminal de Shiraz condenou Afkari, de 27 anos, um lutador profissional que era vice-campeão nacional iraniano, à pena de morte pelo alegado assassínio de Hasan Turkeman, um agente da lei, durante os protestos de agosto de 2018 em Shiraz. O tribunal condenou Vahid a 25 anos por supostamente ter ajudado no assassínio.
Em 25 de abril de 2020, a Secção 32 do Supremo Tribunal manteve a sentença e o tribunal indeferiu a acusação de tortura, citando uma declaração de Navid, na presença de um advogado, de que não havia sido torturado e não precisava ser visto por um médico.
No entanto, em 13 de setembro de 2019, numa carta manuscrita, Navid detalhou a tortura que afirma ter sofrido em dois centros de detenção em Shiraz, incluindo bater nas pernas, mãos e abdómen com um bastão, derramar álcool no nariz e cobrir a cabeça com um saco plástico a ponto de sufocar.
A Agência de Notícias de Ativistas dos Direitos Humanos (HRANA) informou que a Secção 1 do Tribunal Revolucionário de Shiraz também condenou Navid Afkari à morte sob a acusação de "inimizade em relação a Deus" e dois anos de prisão por insultar o líder supremo iraniano.
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