A poucos dias do início da Taça das Confederações Africanas (CAN) instalou-se uma nova polémica, como já vem sendo habitual. Desta feita, o problema está relacionado com Guélor Kanga que foi chamado pela CAF, organismo que rege o futebol africano, a prestar declarações uma vez que alega ter nascido em 1990, quatro anos depois do falecimento da mãe.

Kanga já foi questionado sobre este tema anteriormente, mas a federação gabonesa de futebol e os próprios documentos do jogador atestam que, de facto, terá nascido a 1 de setembro de 1990, no entanto, em 2021 a federação da República Democrática do Congo processou a homóloga gabonesa e o jogador por falsificação de documentos. Segundo a entidade congolesa, Guélor Kanga chama-se na verdade Kiaku-Kiaku Kianga e nasceu em Kinshasa, na RD Congo, a 5 de outubro de 1985.

O problema ganhou outra dimensão, quando a investigação ao caso chegou à conclusão que a mãe do jogador do Estrela Vermelha (Sérvia) faleceu no início de 1986, quatro anos antes do nascimento de Kanga (ou Kianga). Resumindo, em vez de ter 33 anos, o jogador terá na verdade 38 anos.

Devido a todas estas revelações, a CAF obriga Guélor Kanga a apresentar-se perante o comité do Conselho Superior de modo a esclarecer a verdade, antes da participação do Gabão na CAN. Caso se verifiquem irregularidades nos documentos de Kanga, o Gabão poderá ser condenado por falsificação de documentos e será impedido de participar nesta edição da competição, bem como nos próximos dois torneios, por incumprimento das normas da FIFA de inscrição de jogadores.

Kanga conta já com 64 internacionalizações e três golos pelo Gabão, seleção onde figuram Aubameyang (Marselha) e Mario Lemina (Wolverhampton). Esperam-se desenvolvimentos nos próximos dias, mas o que é certo é que esta situação já manchou a credibilidade das instituições envolvidas.