Pedrinho, ex-jogador do Benfica e atualmente ao serviço do Shakhtar Donetsk, divulgou um novo vídeo em que pede ajuda para sair da Ucrânia, revelando que os bens essenciais começam a escassear.

"A situação está a ficar cada vez mais complicada, estamos no hotel e já estão a acabar os alimentos, a água, o leite das crianças. Ainda estamos no mesmo lugar, sem apoio, sem ajuda de nada. É difícil falar porque as coisas acontecem e ninguém se mexe para nos ajudar de uma forma ou outra. Acaba por ser muito tenso porque está tudo a acontecer mais perto de nós e estamos a ficar neste fogo cruzado. Peço que tentem [ajudar] ao máximo de alguma forma para que possam tirar-nos daqui. Não queremos imaginar o pior e queremos sair daqui todos juntos", afirmou o ex-Benfica, numa mensagem partilhada nas redes sociais do empresário Will Dantas.

Pedrinho continua retido num hotel na capital ucraniana, tal como outros 11 jogadores brasileiros do Shakhtar e dois do Dínamo de Kiev.

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos 198 mortos, incluindo civis, e mais de 1.100 feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de 120.000 deslocados desde o primeiro dia de combates.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), UE e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.