A justiça ucraniana condenou hoje a seis anos de prisão o francês Grégoire Moutaux, preso em 2016 na fronteira entre a Ucrânia e a Polónia, com um arsenal de guerra e acusado de estar a preparar atentados durante o campeonato europeu de futebol Euro2016, em França, revelaram as autoridades.

"O tribunal declarou a sentença: seis anos de prisão", disse à agência noticiosa AFP uma responsável do tribunal, Natalia Lessiuk.

O tribunal da pequena cidade de Liuboml, na Volínia (noroeste da Ucrânia), considerou Moutaux, de 27 anos, culpado de "envolvimento na preparação de um atentado terrorista", "detenção ilegal" e "tentativa de contrabando" de armas e explosivos, acrescentou a porta-voz do Ministério Público local Natalia Mourakhevytch.

Originário de Meuse (este de França) Grégoire Moutaux foi identificado em dezembro de 2015 na Ucrânia. A 21 de maio de 2016, foi interpelado e detido na fronteira ucranio-polaca, após seis meses de investigação, na posse de cinco armas de assalto ‘kalashnikov’, mais de 5.000 projéteis, dois lança-granadas antitanque com 18 projéteis, 125 quilos do explosivo trinitrotolueno, 100 detonadores e 20 ‘passa-montanhas’, entre outros objetos.

Segundo as autoridades ucranianas, os seus alvos seriam uma mesquita, uma sinagoga, repartições de finanças para mostrar a sua oposição à política de imigraçao francesa, à "difusão do Islão" e à "mundialização".

Na altura, os investigadores franceses privilegiaram a pista do tráfico de armas, sem ligações terroristas. O inquérito passou então para as mãos do departamento central de luta contra a criminalidade organizada e o serviço regional da polícia judiciária de Nancy.