O Vasco da Gama acusou hoje os adeptos dos bolivianos do Oriente Petrolero de insultos racistas dirigidos ao guarda-redes suplente Alexander, na quarta-feira, em jogo da segunda mão da Taça Sul-americana de futebol.
“É triste ver que em pleno 2020 ainda observamos tantos casos de racismo no futebol. Não há mais espaço para este tipo de pensamento. Ao Alexander e todos os que, possivelmente, se sentiram ofendidos, nossa solidariedade”, assinalou o clube brasileiro.
Segundo a comunicação social brasileira, o incidente aconteceu já perto do final do jogo, com os suplentes do Vasco da Gama a chamarem a atenção para os insultos vindos da bancada, mas o árbitro venezuelano José Vega ainda mostrou cartão amarelo ao vascaíno Ricardo Graça.
O Vasco da Gama notabilizou-se por ser um dos primeiros clubes brasileiros a integrar jogadores negros e a combater o racismo, tendo assinado, em abril de 1924, o manifesto 'Resposta Histórica', em que se recusou a competir no Rio de Janeiro sem os seus jogadores.
Uma situação que fez do clube 'carioca' um exemplo na luta contra o racismo.
A situação no jogo da Taça sul-americana, em que o Vasco da Gama se apurou para a fase seguinte, com um ‘nulo’ na quarta-feira e a vantagem de 1-0 em casa, acontece poucos dias depois de um incidente semelhante na Liga Portuguesa.
O avançado maliano Moussa Marega abandonou no domingo o jogo entre Vitória de Guimarães e FC Porto, após ser alvo de insultos racistas por parte dos adeptos da equipa local.
Vários jogadores de ambas as equipas tentaram demovê-lo, mas Marega, que já alinhou no Vitória e tinha marcado o segundo golo dos ‘azuis e brancos’ (2-1), mostrou-se irredutível e abandonou mesmo o relvado aos 71 minutos, depois de o jogo ter estado interrompido cerca de cinco minutos.
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