A Comissão Antiviolência espanhola aprovou hoje propor multas de 60.001 euros às quatro pessoas identificadas como responsáveis de pendurarem numa ponte um boneco com a camisola do futebolista brasileiro Vinícius Júnior, do Real Madrid.

Os autores dos factos, ocorridos em 26 de janeiro antes do jogo dos quartos de final da Taça do Rei entre o Real Madrid e o Atlético de Madrid, também serão proibidos de aceder a instalações desportivas por dois anos, conforme confirmado pelo Conselho Superior do Desporto (CSD).

A Comissão Antiviolência propôs ainda multas de 5.000 euros e proibição de acesso aos recintos desportivos por um ano a três indivíduos identificados como autores de gestos racistas também dirigidos a Vinícius no jogo com o Valência, disputado em 21 de maio.

O organismo decidiu aumentar a pena de 4.000 para 5.000 euros “por entender que os autores estavam conscientes de que os seus atos eram reprováveis”, repetidos e sancionados em vários jogos ao longo desta temporadas, e, também, “por causar a paralisação da partida”.

Por ocasião desse jogo, a Comissão Antiviolência propôs ainda uma multa de 3.001 euros e a interdição de acesso aos recintos desportivos por um período de seis meses a um adepto que, num recinto próximo do campo do Valência, perturbou a ordem e confrontou funcionários.

O jogador Vinicius Júnior tem estado no centro de várias polémicas, tendo o Comité de Recurso da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) aplicado uma sanção de três jogos de encerramento parcial de uma bancada do estádio do Valência, motivada pelos insultos racistas ao brasileiro.

A justiça federativa espanhola decidiu ordenar o fecho da bancada Kempes do Estádio Mestalla, de onde terão saído grande parte dos insultos, entre os quais o único relatado no relatório do árbitro, que refere que, aos 73 minutos, um adepto chamou "macaco" a Vinícius Júnior.

Nos últimos meses, Vinícius, de 22 anos, tem sido alvo de vários insultos racistas e outras ofensas, tendo a situação denunciada pelo futebolista originado reações de apoio ao desportista, desde a FIFA aos governos do Brasil e de Espanha.

O Real Madrid também já informou ter apresentado uma queixa na Procuradoria-Geral de Espanha “por delitos de ódio e discriminação” de que o jogador brasileiro tem sido alvo, o mais recente dos quais no estádio do Valência.

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