Os futebolistas e equipa técnica do plantel principal do Valência, bem como membros da direção do clube, aceitaram reduzir os salários, face aos efeitos da pandemia de covid-19, anunciou esta segunda-feira o emblema espanhol no seu site oficial.
Em comunicado, o clube ‘che' manifestou "satisfação por ter conseguido adaptar-se à situação atual", referindo que esta medida vai permitir colocar os restantes funcionários do clube em ‘lay-off', através de um pedido de Expediente de Regulamentação Temporária de Emprego (ERTE).
O Valência salientou o facto de "honrar o compromisso de proteção dos empregos de todos os seus funcionários e os salários da grande maioria", dada a "redução de atividade" no clube, em consequência da crise mundial de saúde pública, provocada pelo novo coronavírus.
"O clube agradece, particularmente, o esforço solidário do plantel principal, cujos membros reduziram os seus salários, ajudando o clube a proteger todos os trabalhadores e respetivas famílias nestas circunstâncias tão complicadas", pode ler-se na nota emitida pelo Valência.
O regime de ‘lay-off' está também previsto para os clubes de futebol, destacando-se a sua utilização em Espanha e Inglaterra, as duas ligas mais ricas a nível europeu.
No futebol espanhol, foi adotado o ERTE por parte de FC Barcelona, Atlético de Madrid, Espanyol, Alavés, Osasuna, Sevilha e, agora, Valência.
A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 165 mil mortos e infetou quase 2,5 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 537 mil doentes foram considerados curados.
Em Espanha, morreram 20.852 pessoas das mais de 200 mil registadas como infetadas.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram, entretanto, a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos, como Dinamarca, Áustria ou Espanha, a aliviar algumas das medidas.
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