O presidente da Liga espanhola de futebol, Javier Tebas, disse hoje que é a favor de “público nos estádios sempre que possível”, apesar de não existir homogeneização no que toca à questão sanitária para a competição nas várias regiões.
A posição de Javier Tebas sobre como deveria ser o regresso do público aos estádios de futebol é contrária à manifestada pelo primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, que defende uma resposta “comum e homogénea” para a competição.
“No momento em que se puder, tem que haver adeptos nos estádios em que for possível. Também se pode dizer que as equipas que disputam uma competição europeia em relação a outra que não compete [na UEFA] está mais cansada”, referiu Javier Tebas ao canal Movistar.
A título de exemplo, o presidente da ‘LaLiga’ recordou o jogo Eibar-Real Sociedad (1-2), em 10 de março, referente à 27.ª jornada, que foi disputado à porta fechada devido à pandemia de covid-19 e questionou, em tom irónico, se a derrota da equipa da casa se deveu à falta de público nas bancadas.
O presidente referiu que, neste momento, o que mais o preocupa é o que vai acontecer agora, com o regresso da competição e a abertura faseada das medidas de segurança nas várias regiões, sem esquecer a obrigação do cumprimento das medidas sanitárias.
“Temos a responsabilidade de encerrar a competição e gostaria de saber se a pandemia [de covid-19] tivesse afetado apenas quatro comunidades autónomas se se teria jogado nas restantes sem a presença de público”, questionou Tebas.
O campeonato espanhol, interrompido em março devido à pandemia de covid-19, tem o seu regresso agendado para quinta-feira, com o dérbi Sevilha-Bétis. Com 11 jornadas por disputar, o FC Barcelona lidera com dois pontos de avanço sobre o Real Madrid.
"Temos que ter mais cuidado porque estamos a recomeçar e temos 40 dias de competição muito dura. Mas estamos perto de atingir o objetivo”, disse Tebas, acrescentando estar confiante de que, após acordo com a federação, na próxima temporada haverá futebol na “segunda e na sexta-feira”.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 400 mil mortos e infetou mais de 6,9 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo o balanço feito pela agência francesa AFP.
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