O clube espanhol Maiorca, declarado insolvente em Maio, anunciou hoje que vai recorrer para a Justiça espanhola, em vez do Tribunal Arbitral do Desporto (TAS), da decisão da UEFA em exclui-lo da Liga Europa de futebol.
A UEFA advertiu o Maiorca de que não pode apresentar recurso fora da esfera desportiva, mas o clube espanhol, que sublinha que obteve por direito próprio o direito de disputar a Liga Europa, após classificar-se em quinto na Liga espanhola 2009/2010, decidiu desafiar o organismo presidido pelo francês Michel Platini.
A EFE, agência espanhola de notícias, citou uma carta dirigida a Platini pelo advogado, em que se refere que "é competente (para resolver o recurso) o tribunal de Palma e não no TAS".
O clube das ilhas Baleares sustenta a sua posição na "disposição legal dos artigos 8.º e 62.º da vigente Lei nº 22/2003, de 9 de Julho".
Por isso, o Maiorca entregou ao juiz Víctor Fernández (substituto temporal de juíza María Encarnación González, a quem foi entregue o caso) "o processo e resolução completa do Comité de Apelo da UEFA, com a decisão de negar provimento ao recurso do clube".
O clube maiorquino ameaçou a UEFA que recorrerá aos órgãos jurisdicionais espanhóis e suíços para apuramento das responsabilidades e para ser ressarcido dos danos e dos prejuízos provocados pela "decisão unilateral" do Comité de Apelo, considerando estarem tomadas "decisões que infringem claramente o ordenamento jurídico espanhol".
A UEFA recordou ao clube insular, no qual alinha o central português Nunes, que o seu ordenamento jurídico "está acima do de qualquer país".
O Maiorca foi afastado da Liga Europa por estar sob controlo de administradores nomeados por tribunal, decisão que já motivou protestos em Palma.
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