Foi um Benfica dominante em todos os aspetos aquele que iniciou a nova época com um triunfo contundente diante do Spartak Moscovo por 2-0, na caminhada rumo à fase de grupos da Liga dos Campeões. Foram apenas dois os golos mas outros poderiam ter sido marcados, tantas as oportunidades criadas pela formação de Jorge Jesus, que estendeu o seu domínio face a Rui Vitória, ao 22.º segundo encontro.

No próximo dia 10 de agosto os Encarnados podem confirmar o apuramento para o play-off, a não ser que aconteça uma hecatombe, algo difícil de imaginar face a superioridade dos lisboetas em Moscovo. O PSV deverá ser o último obstáculo antes da entrada na fase de grupos da Champions.

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O jogo: velocidades laterais

O encontro ficou praticamente decidido pela forma como o Benfica dominou nas laterais, onde criou sempre superioridade com Grimaldo e Rafa na esquerda e Diogo Gonçalves e Pizzi na direita.

No meio-campo Weigl dava equilíbrio e João Mário qualidade de passe, leitura de jogo e gestão dos momentos da equipa, numa estreia que mostrou o porquê de o Benfica insistir tanto na sua contratação.

Jesus voltou ao esquema de três centrais, que permite mais liberdade aos laterais/alas Diogo Gonçalves e Grimaldo e tirou partido da largura que os dois oferecem ao jogo da equipa. No primeiro tempo, o Benfica falhou quatro grandes oportuinidades (Rafa, Diogo Gonçalves e Pizzi duas vezes), quase todas criadas a partir dos corredores.

Foi dos flancos que nasceu o primeiro golo no arranque do segundo tempo, por Rafa, numa combinação simples entre o extremo, Pizzi e o envolvimento de Diogo Gonçalves. No mesmo lado mas mais central, o Benfica aproveitou a lentidão do Spartak Moscovo na basculação defensiva e no imenso espaço concedido para Lucas Veríssimo lançar o recém-entrado Gilberto para o 2-0, num lance que tinha sido ensaiado minutos antes, entre o central brasileiro e João Mário.

Apesar de já estar avançado na época (este foi o terceiro jogo oficial do Spartak), o emblema moscovita pouco incomodou o Benfica, principalmente no segundo tempo. No primeiro ainda tirou partido de alguns problemas antigos do Benfica, como os espaços entre os laterais e os centrais, mas Vlachodimos esteve em bom plano.

Destaque para João Mário que fez um bom jogo na estreia a nível oficial. É um jogador com uma qualidade técnica acima da média, que se diferencia de Taarabt por fazer a bola correr e não correr com a bola, arriscando assim menos na posse.

O Benfica tem praticamente assegurada a passagem ao play-off de acesso à fase de grupos, onde deverá defrontar o PSV Eindhoven, dos Países Baixos, equipa que venceu os dinamarqueses do Midtjylland por 3-0 na primeira-mão.

Entre a segunda-mão na Luz na próxima terça-feira, há a estreia do Benfica na edição 2021/22 da I Liga de futebol, diante do Moreirense em Moreira de Cónegos. A vantagem de dois golos frente ao Spartak permite encarar esta estreia com mais tranquilidade, num encontro onde Jesus deverá lançar Gilberto e Gil Dias de início, assim como Everton Cebolinha.

Negativo apenas a lesão muscular de Harris Seferovic. Gonçalo Ramos foi a escolha para render o suíço, mas o Benfica já terá o avançado ucraniano Yaremchuk, anunciado como reforço no último sábado, numa contratação de 17 milhões de euros por 75% do passe.

Momento-chave: processos simples e 'bomba' de Rafa

Cinco minutos após o início do segundo tempo, o Benfica materializou a sua superioridade no encontro com golo. Rafa combinou com Pizzi e João Mário para receber e disparar forte, com pouco ângulo, para o primeiro. O Benfica ganhava mais tranquilidade, o Spartak desmoronou-se.

Os Melhores: Rafa em alta rotação, Lucas Veríssimo em todo o lado

Além do golo marcado, Rafa foi um dos melhores do Benfica e um verdadeiro quebra-cabeças para os russos. Conseguiu sempre encontrar espaços, pelas suas fintas curtas mas também pela velocidade que imprimiu nas suas ações.
Lucas Veríssimo destacou-se nos duelos com o veloz Ayrton, atacante brasileiro do emblema russo, mas também pela leitura de jogo em processo ofensivo. Lançou Gilberto para o 2-0 com um passe à maestro.

Os Piores: Rui Vitória com muito trabalho

O Spartak ainda assustou o Benfica nos primeiros minutos, tentou reagir a seguir ao 1-0 mas é uma equipa que não tem pergaminhos para a Champions. Defensivamente foi muito permeável, principalmemte nas laterais. A equipa precisa de qualidade para estar na Europa.

Reações: Rui Vitória admite dificuldades, Jesus queria mais golos

Jorge Jesus: "Parte desta vitória é para Luís Filipe Vieira"

João Mário: "Tivemos momentos com muita qualidade, podíamos ter feito mais golos"

Rui Vitória: "Os golos fora não contarem dá-nos mais alento"

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