Sérgio Conceição, treinador do FC Porto, fez esta terça-feira a antevisão ao encontro com o Krasnodar, a contar para a terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões.

Na conferência de imprensa realizada na Rússia, o técnico recusou a ideia de que a sua equipa parte como favorita à passagem ao play-off, salientando que o favoritismo conta pouco quando o árbitro apita para o início do encontro.

"Quem disse em Portugal que tivemos sorte no sorteio? É pergunta para motivar o Krasnodar? Não li a imprensa. A questão do favoritismo já tinha falado, que conta pouco quando o árbitro apita. Temos pessoas inteligentes que percebem que o futebol não tem a ver com favoritismo ou com a história. Já elogiei a equipa do Krasnodar. A história é o momento e o que fazemos dentro do campo", começou por dizer o técnico.

Questionado sobre a importância destes dois jogos com os russos num mês com muitos encontros, o técnico garantiu que tem um plantel capaz de responder a estas exigências.

"Estamos focados neste jogo, percebendo que vamos ter um ciclo de oito jogos em 25 dias, é muito. Depois temos o Gil Vicente. Vamos ter muitos jogos, mas temos plantel que nos dá garantias. Temos um plantel que nos dá totais garantias para ter sucesso. Conto com todos, não é como escreveu A Bola hoje, que três jogadores estavam excluídos. É mentira. Quero que saibam Aboubakar e Diogo Leite são jogadores que vão estar todo o ano connosco, e o Diogo Queirós vamos ver qual a melhor solução, se ficar ou jogar na I Liga. Acreditamos que, num futuro próximo, pode ser um elemento importantíssimo para o FC Porto", atirou-

Sérgio Conceição referiu ainda que "podia dizer mal de alguns" empresários, quando questionado sobre as mudanças que houve no plantel do FC Porto para esta temporada.

"As mudanças fazem parte do que é o futebol. O futebol é um recomeçar constante, em todas as situações. No treino de hoje queremos fazer melhor do que ontem. O jogador pensa que abraçar uma carreira fora do clube onde está… Também é verdade que isso existe. Há muitos empresários a tentarem, cada vez mais – e não estou a dizer mal dos empresários, mas podia dizer mal de alguns - a fazer o seu negócio. É extremamente difícil manter o plantel durante três anos. Vocês não imaginam qual o trabalho das estruturas do futebol. É muito difícil lidar com essa situação. Mas não é uma situação que queira falar hoje, o foco é o Krasnodar. Alguns jogadores não estão presentes, estão outros que têm uma valia importante para dar sucesso aos sucessos do FC Porto", sublinhou.

"É um plantel que nos dá garantias, é competitivo. O FC Porto, nos últimos dez anos, os dois anos em que fez mais pontos foram nos dois últimos. No primeiro foi fantástico e conseguimos ganhar o campeonato, no ano passado não foi tanto fantástico. Este ano vamos, com menos pontos, tentar ganhar o campeonato", concluiu.