Rabah Madjer não tem qualquer dúvida: tal como em 1987, o Bayern de Munique é claro favorito no encontro desta quarta-feira com o FC Porto. Os "dragões" têm algumas armas, talvez até capazes de fazer "algo de especial", mas o estatuto dos bávaros não pode ser ignorado, diz o argelino.
"Vai ser muito, muito difícil para o FC Porto", começa por dizer o antigo jogador portista ao portal Goal. "O Ricardo Quaresma tem qualidade para fazer algo de especial, e têm um argelino muito talentoso, o Yacine Brahimi. É um jogador muito criativo, muito ágil, que pode destabilizar o Bayern. O Jackson também está a jogar bem, tal como o Tello e o Danilo [n.d.r.: Tello está fora das opções e Jackson em dúvida]".
"Mas o Bayern de Munique é de outro planeta - veja-se o que eles fizeram ao Shakhtar no último jogo [vitória por 7-0]. O FC Porto tem de gerir o jogo em casa com muito cuidado", refere ainda Madjer.
Autor de um dos golos mais famosos da história do FC Porto, o célebre toque de calcanhar em 1987, Madjer recordou ainda o momento que o tornou imortal aos olhos dos adeptos portistas: "É difícil explicar o que passa pela cabeça de um jogador num momento desses. O corpo reage antes do cérebro. É um movimento que já fizeste muitas vezes no treino e acontece tudo antes de sequer pensares. Os bons jogadores, com qualidade técnica, fazem essas coisas por instinto. Foi o que aconteceu. Foi um jogo de loucos".
"Dois meses depois fiz a mesma coisa, marquei um golo de calcanhar ainda melhor quando vencemos o Belenenses por 7-1, para o campeonato", recordou ainda. "Podes ver no YouTube!".
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