Sérgio Conceição, técnico do FC Porto, esteve em destaque no magazine da Liga dos Campeões em vésperas de defrontar o Marselha em jogo da quarta jornada da fase de grupos da prova milionária.
O treinador dos Dragões começa por explicar a importância da já habitual roda realizada no final de cada partida do FC Porto. Conceição realça a importância deste "momento bastante emocional" na equipa.
"A roda foi criada por mim porque eu acho que é um momento bastante emocional. Olhar uns para os outros e dizer umas palavras, por vezes até nem falar, ou eu definir alguém que normalmente não esperava falar. É importante para a equipa", disse.
Conceição explicou ainda a sua filosofia de jogo, com a já conhecida intensidade da sua equipa, realçando ainda que só o talento não chega para conquistar títulos.
"Não é só com o talento que se ganham jogos e títulos, a base tem de ser o trabalho. Dentro disso existe, nos diferentes momentos de jogo, palavras que são essenciais na minha forma de ver o jogo, tem a ver com essa intensidade, agressividade, com a forma como nós não queremos permitir ao adversário que utilize e exponha os seus pontos mais fortes, e que possamos meter a nu as fragilidades para poder ganhar jogos e fazer golos. São princípios que fazem parte daquilo que é o meu carater, a minha forma de estar no futebol e de ver este jogo tão apaixonante e tão bonito como o futebol", explicou.
O técnico realçou ainda a importância que uma prova c0mo a Liga dos Campeões tem para o crescimento de uma equipa, frisando ainda que a 'Champions' é o patamar máximo na representação de um emblema.
"Estamos sempre à procura de melhorar em todos os aspetos e é contra esse confronto com treinadores de alto nível que nós vamos crescer e sermos cada vez melhores, sem dúvida nenhuma. Nos três anos em que estive presente chegamos num ano aos oitavos de final e noutro aos quartos de final. (...) Eu acho que é o patamar máximo daquilo que é o estar num clube, o representar o clube numa competição como a Liga dos Campeões", notou.
Sérgio Conceição abordou ainda a necessidade de bons resultados por parte de todos os treinadores, realçando que independentemente do quão boa é a sua relação com Pinto da Costa, o presidente do FC Porto colocará o clube em lugar prioritário.
"Se eu não tivesse resultados e não fosse um profissional que as pessoas do FC Porto querem não estaria aqui, porque ele [o Presidente Pinto da Costa] pode gostar muito de mim, mas gosta mais do clube e eu já não estaria aqui. Sei dessa realidade", disse, antes de terminar a entrevista com uma certeza.
"Mas uma coisa: não me arrependo de nada daquilo que fiz, porque na altura eu pensava que estava certo", concluiu.
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