Roma e Sevilha medem forças, esta quarta-feira, na final da Liga Europa, com o José Mourinho a tentar oferecer à Roma o seu mais importante troféu europeu, depois da conquista da Liga Conferência na época passada. Do outro lado, vai estar o grande dominador da competição, com seis conquistas - (2006, 2007, ambas ainda no formato de Taça UEFA, 2014, 2015, 2016 e 2020).
Prémio maior
Para além do prestigiado troféu, os dois emblemas vão tentar garantir também, com o triunfo, a presença na fase de grupos da Champions, já que ambos os emblemas falharam esse objetivo no respetivo campeonato.
Percurso até à final da competição
Após a queda na fase de grupos da Champions, o Sevilha conseguiu o bilhete para a final depois de bater o PSV (total de 3-2, no play-off), Fenerbahçe, orientado pelo português Jorge Jesus (2-1, nos oitavos) e Juventus, 'carrasco’ do Sporting (3-2, nas 'meias'). Só venceu de forma mais folgada nos quartos de final da competição, frente ao Manchester United (5-2).
Já a Roma segue na prova desde a fase de grupos. Acabou em segundo lugar, atrás do Bétis, emblema rival do Sevilha, e à frente de Ludogorets e HJK Helsínquia, assegurando a qualificação para o playoff, apenas na última jornada.
O português Rui Patrício tem sido uma das grandes figuras dos romanos e peça fundamental para a equipa ter alcançado a final da competição, depois do conjunto italiano ter deixado para trás Salzburgo (2-1, no play-off), Real Sociedad (2-0, nos oitavos), Feyenoord (4-2, nos quartos, com a segunda mão a ser decidida no prolongamento) e Bayer Leverkusen (1-0, nas 'meias').
Ausências
Uma ausência de peso do lado do Sevilha é a de Marcos Acuña. O antigo jogador do Sporting foi expulso no jogo da segunda mão contra a Juventus e será uma peça a quem Mendilibar não poderá recorrer.
Do lado da Roma, o regresso de Chris Smalling, depois da lesão, acaba por ser uma boa notícia para José Mourinho. A consistência a nível defensivo tem sido uma das mais valias desta Roma. Paulo Dybala, o melhor marcador da equipa com 16 golos, ainda está em dúvida e seria certamente um revés para a equipa orientada pelo técnico português, dada a importância do argentino.
Efeito Mourinho
Frente ao super campeão da Liga Europa, a Roma conta com o talismã José Mourinho. O técnico português venceu todas as finais que disputou, não se contabilizando aqui as Supertaças Europeias, em que o luso perdeu nas três edições em que marcou presença.
O timoneiro de 60 anos começou por conquistar a Liga Europa em 2003 ao serviço do FC Porto, para conquistar um ano mais tarde a Liga dos Campeões, também ao serviço dos azuis e brancos. Voltou a vencer a prova milionária em 2010 ao serviço do Inter, e ergueu de novo a Liga Europa em 2017, ao serviço do Manchester United. Em 2022, levou para a casa a UEFA Conference League. José Mourinho vai discutir a sexta decisão da sua contabilidade de troféus 'uefeiros'.
Esta será a segunda vez que o técnico vai discutir troféu europeus em anos consecutivos, depois de o ter feito ao serviço do FC Porto, em 2002/03 e 2003/04. Mourinho foi mesmo o primeiro técnico a vencer competições europeias ao serviço de quatro clubes diferentes.
Confrontos entre as duas equipas
Roma e Sevilha só se defrontaram em uma ocasião em jogos oficiais. O único embate teve lugar em 2019/20, com o Sevilha a vencer por 2-0, nos oitavos de final da Liga Europa, num encontro que se realizou em território neutro, em Duisburg. Os golos da partida foram apontados por Sergio Reguilón e Youssef En-Nesyri.
Momento de forma das duas equipas
A Roma atravessa um momento menos fulgurante na Série A, depois dos giallorossi terem somado uma derrota (na última jornada frente à Fiorentina por 1-0), três empates e apenas um triunfo nos últimos cinco jogos. O conjunto da capital italiana ocupa o sexto lugar da tabela, quando falta disputar apenas uma jornada na Série A.
O Sevilha somou uma derrota na última jornada da La Liga frente ao Real Madrid (1-2) e averbou ainda dois empates e duas vitórias nas últimas cinco partidas.
A uma jornada do fim da La Liga, ocupam a 11.ª posição do campeonato, mas ainda com possibilidades de atingir o 7.º lugar que dará acesso à Liga Europa. Desde que José Luis Mendilibar pegou na equipa - numa temporada conturbada com mais dois treinadores Julien Lopetegui e Jorge Sampaoli – o emblema andaluz conseguiu sair de uma zona muito complicada da tabela, e respirar melhor no campeonato, quando a descida parecia um cenário real. Não só foi recuperada a forma, como os sevilhanos perderam apenas um dos 14 jogos disputados em todas as competições.
Onzes prováveis
Onze do Sevilha: Bounou; Jesús Navas, Badé, Gudelj, Alex Telles; Fernando, Rakitić; Ocampos, Óliver Torres, Bryan Gil; En-Nesyri
Roma: Rui Patrício; Mancini, Smalling, Ibañez; Zeki Çelik, Cristante, Matić, Spinazzola; Dybala, Pellegrini; Abraham
Arbitragem
O inglês Anthony Taylor, árbitro que dirigiu a final da Supertaça europeia em 2020, curiosamente um encontro que também se realizou na Puskas Arena, vai dirigir a partida decisiva. Em 2021, o juiz britânico também foi designado para a final da UEFA Nation League.
O que dizem os dois treinadores
José Luis Mendilibar, treinador do Sevilha: "Estamos aqui porque merecemos, as duas equipas tiveram caminhos diferentes e para os dois será complicado vencer"
José Mourinho, treinador da Roma: "Os nossos adversários vêm da Liga dos Campeões, nós jogámos 14 jogos para chegar aqui. Queremos jogar esta final e merecemo-la. Nos últimos três dias, temos trabalhado no duro para estarmos em condições"
A final da Liga Europa da época 2022/23 está marcada para quarta-feira, na Puskas Arena, em Budapeste, com início às 20h00 (hora de Lisboa) e será dirigida inglês Anthony Taylor.
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