Um FC Porto de serviços mínimos foi mais do que suficiente para derrotar o Hoffenheim (2-0) e conquistar a primeira vitória na atual edição da Liga Europa. Num encontro apagado dum ponto de vista coletivo, os dragões valeram-se da inspiração de Tiago Djaló e Samu para conquistar três pontos preciosos.

Vítor Bruno não alterou muito o que tem sido a sua base na maioria dos jogos, sendo que a grande novidade foi a  estreia de Tiago Djaló nesta edição da Liga Europa. O defesa central fez uma boa exibição no jogo da Taça de Portugal no fim de semana e juntou-se hoje a Nehuén Pérez no centro da defesa.

Outro dos regressados foi Iván Jaime, que andava afastado das opções principais e aproveitou o palco da prova-rainha para conquistar nova oportunidade, embora não a tenha aproveitado da melhor maneira.

O filme do jogo

Os dragões entraram "mandões" nos primeiros minutos, num jogo mais pausado e de posse de bola, a tentar encontrar espaços entre as linhas dos alemães. Ainda assim, o primeiro sinal de perigo surgiu mesmo por parte dos visitantes, que na sequência de uma boa saída de pressão tiveram um canto que acabou com um cabeceamento ao lado da baliza de Diogo Costa.

Durante a primeira meia hora a equipa azul e branca assumiu o comando das operações, mas o perigo era (quase) todo do Hoffenheim. Os germânicos criaram várias oportunidades de golo e só não se puseram em vantagem devido à falta de pontaria.

Para se perceber, o primeiro lance de golo da equipa portuguesa aconteceu aos 20 minutos, mas Iván Jaime não conseguiu dar o rumo certo ao remate.

Os minutos passavam e o emblema alemão parecia cada vez mais confortável no jogo. O FC Porto não estava a conseguir pressionar devidamente, o que permitia ao Hoffenheim explorar os espaços e chegar com relativa facilidade à baliza de Diogo Costa.

Durante os primeiros 45 minutos os dragões foram sempre extremamente previsíveis ofensivamente e contam-se pelos dedos de uma mão as jogadas de ataque bem construídas. Por outro lado, o adversário fartou-se de criar, mas decidiu sempre mal na hora de finalizar.

Mesmo assim, quando já todos esperavam o apito para o intervalo, o FC Porto chegou à vantagem com um golo inesperado, pela forma como o jogo estava a decorrer. Francisco Moura bateu o livre de forma estudada e Nico González atrasou para Tiago Djaló, que inaugurou o marcador com um remate potente. Dois jogos e dois golos para o defesa central emprestado pela Juventus.

Segundo tempo de serviços mínimos foi suficiente

O golo deu alguma tranquilidade à equipa de Vítor Bruno, que voltou dos balneários mais desinibida. Para isso também ajudou o subir de linhas do Hoffenheim, que tinha que ir atrás do resultado.

Ainda assim, o treinador do FC Porto sentiu que a equipa precisava de criatividade e lançou Fábio Vieira para o lugar de Iván Jaime, aos 60 minutos.

Em vantagem, os dragões retomaram o comando das operações, mas sempre num ritmo médio-baixo. Quando tentavam acelerar através de incursões dos extremos, faltava apoio e os lances acabavam, invariavelmente, por não dar em nada.

Quando a equipa está em dia não, é preciso que as individualidades apareçam. E foi mesmo o que aconteceu. Numa fase de maior sufoco do Hoffenheim, Fábio Vieira alivia a bola à entrada da área portista, Samu ganha o lance aéreo no meio-campo e iniciou uma correria desenfreada que só a acabou com a bola na baliza de Baumann.

 

Apesar de estarem numa fase de menor fulgor na partida, os dragões ampliaram a vantagem aos 75 minutos e passaram a respirar melhor. 

A partir deste momento o FC Porto só teve de aguentar o assalto final dos alemães para somar três pontos e ganhar algum fôlego na classificação da Liga Europa. Os dragões acabam esta terceira jornada no 15.º lugar da tabela, em zona de play-off.