Abel Ferreira fez esta quarta-feira a antevisão ao jogo de atribuição do terceiro lugar do Mundial de Clubes, frente aos egípcios do Al-Ahly. O técnico português foi questionado sobre a importância de alcançar o terceiro lugar desta competição e recorreu à sua portugalidade para responder, considerando que apesar de ser um país pequeno, o português tem sempre a ambição máxima para conquistar a vitória.

"O português quer sempre ganhar, mas sabe aceitar quando o adversário é melhor. Nós respeitamos muito os adversários e esse é um princípio que temos desde sempre. Somos um país muito pequenino, mas com uma ambição do tamanho do mundo. Sabemos reconhecer quando os adversários são melhores, sabemos seguir em frente, não estarmos agarrados ao passado, do passado só aprendemos e seguimos. Essa é a minha cultura enquanto português, de um país bem pequenino, bem simples, bem humilde, mas com muita força no futebol", disse.

Não escondendo que o objetivo passava por estar na final, o técnico do 'verdão' afirmou que agora a meta é alcançar o terceiro posto.

"A mim sempre me ensinaram e sempre fui apologista dessa cultura, de que é sempre melhor ficar à frente, uma posição à frente, do que atrás. O que está em causa é exatamente isso: lutarmos por um terceiro lugar. Não era o que queríamos, mas é o lugar pelo qual lutamos agora", afirmou.

O técnico considerou que a ansiedade pode sempre afetar o jogo da equipa, dando como exemplo precisamente o jogo frente ao Tigres, do passado domingo.

"É uma oportunidade que temos de mostrar a nossa forma de jogar, a nossa cultura de jogo, a cultura brasileira. Perceber que quando se jogam jogos, como o que jogámos contra o Tigres, em que está em disputa um acesso à final, é normal que o nosso estado emocional não esteja tão calmo e tão tranquilo para que possamos dar o nosso melhor em termos técnicos. Esta ansiedade retiramos a calma e o discernimento para tomar boas decisões. Tudo vem de dentro da nossa cabeça", explicou.

Sobre o adversário de amanhã, o Al-Ahly, Abel Ferreira destacou a qualidade técnica dos jogadores do emblema do Egito, que perdeu o seu primeiro jogo desde agosto frente ao campeão europeu, o Bayern, realçando o histórico da equipa no Mundial de Clubes.

"Vamos jogar contra uma equipa, o Al-Ahly, que é a segunda equipa com mais presenças no mundial, que desde agosto de 2020 que não perdiam um jogo, perderam agora com o Bayern Munique. É uma equipa com jogadores com muita qualidade técnica, acredito que vá ser um jogo onde as duas equipas têm um futebol positivo, onde querem assumir o controlo do jogo através do controlo de bola. Estão reunidas, na minha opinião, as condições para assistirmos a um bom jogo, em busca do que as duas equipas querem, que é acabar no terceiro lugar", concluiu.

O Palmeiras defronta o Al-Ahly amanhã, a partir das 15 horas, no Estádio da Cidade da Educação, no Catar, na disputa pelo terceiro lugar do Mundial. A final, entre Tigres e Bayern de Munique, têm início três horas depois, às 18 horas, no mesmo recinto.