Carlos Joaquim Antunes dos Santos, também conhecido como ‘CJ’ dos Santos, é filho de mãe portuguesa, de Coimbra, e pai cabo-verdiano, mas nasceu nos Estados Unidos, mais concretamente em Filadélfia, para onde os progenitores emigraram há vários anos.

O Benfica surgiu no caminho deste jovem guardião, de 18 anos, em 2015, depois de o pai entrar em contacto com o clube da Luz, que o convidou a levar o filho até ao Seixal para se mostrar.

“Fui lá em dezembro de 2015, passei lá duas semanas. Voltei no verão de 2016 e assinei contrato. Foi muito bom, um sonho. É a equipa do meu coração, tal como do meu pai e do meu avô”, afirmou aos jornalistas portugueses, em Bielsko-Biala, na Polónia.

Apesar de não ter participado na derrota dos Estados Unidos com a Ucrânia (2-1), na estreia no Mundial2019, Carlos dos Santos não perdeu o sorriso e fez questão de falar em português, confessando que era a primeira vez que dava uma entrevista na língua de Camões.

Na época que agora terminou, ‘CJ’ defendeu as redes dos juniores e da equipa de sub-23 das ‘águias’, depois de ter batalhado contra o nervosismo inicial: “Todos me deram confiança. É um sonho envergar aquele emblema ao peito, em cima do coração.”

No entanto, as ambições do guardião não se ficam por aqui, esperando seguir os passos de João Félix, Gedson, Florentino ou Jota, jovens jogadores com os quais se cruzou na formação ‘encarnada’ e que atingiram o patamar principal na Luz.

“É uma motivação para chegar lá também. Vou continuar a mostrar-me nos treinos e nos jogos, para chegar lá acima, disputar jogos da Liga dos Campeões e jogar no Estádio da Luz”, referiu, antes de elogiar Félix: “É um grande jogador, muito inteligente, tem muita qualidade nos pés e tem personalidade.”

Se Bruno Lage é descrito por Carlos dos Santos como um “treinador com muita paixão e uma mentalidade vencedora”, também Vlachodimos, Svilar e Zlobin merecem palavras de apreço.

“Os guarda-redes do Benfica são todos fortes. O Svilar é um grande atleta, com muito boa atitude no treino. O Zlobin é meu amigo, é também um grande guarda-redes. Gosto de treinar com ele [na equipa B], é muito competitivo”, observou.

Contudo, confessou que o seu ídolo é outro jogador com passado ligado ao Benfica: “O Jan Oblak [do Atlético de Madrid]. É um guarda-redes de ‘top’ mundial”.