O Brasil, com cinco títulos e único totalista, é o ‘rei’ da história dos Mundiais de futebol, que, após 20 edições, tem pela primeira vez a Europa com mais dois cetros do que a América do Sul.
A formação ‘verde a amarela’ lidera com mais um título do que a Itália, a grande ausente na Rússia, e a Alemanha, vencedora da última edição, em pleno solo ‘canarinho’, no que foi o terceiro sucesso consecutivo dos europeus e primeiro em solo americano.
Os sul-americanos Uruguai e Argentina são os outros dois países que já lograram ‘bisar’, numa lista que inclui ainda três potencias europeias, a Inglaterra, a França e a Espanha, para um total de oito seleções campeãs mundiais.
No topo, está, a solo há 24 anos, o Brasil, que conquistou a Taça Jules Rimet em 1970, no México, ao repetir 1958 (Suécia) e 1962 (Chile), e ganhou ainda em 1994 (Estados Unidos) e em 2002 (Coreia do Sul e o Japão), num ‘penta’ selado por um conjunto comando pelo ex-selecionador luso Luiz Felipe Scolari.
De todos os incríveis jogadores que deram ‘corpo’ aos sucessos brasileiros, ninguém brilhou tanto como o incontornável Edson Arantes do Nascimento, vulgo Pelé, o ‘rei’ do futebol, o único tricampeão mundial, que arrebatou o primeiro aos 17 anos.
Garrincha, e o seu ‘drible de Deus’, e Mário Zagalo, bicampeão como jogador e vencedor como selecionador e coordenador técnico, são outros dos ‘monstros sagrados’ da história da ‘canarinha’.
A lista de craques, com e sem títulos, é bem extensa, com nomes como Leónidas, Ademir, Vavá, Didi, Amarildo, Gilmar, Djalma Santos, Jairzinho, Rivelino, Tostão, Carlos Alberto, Gerson, Zico, Sócrates, Falcão, Romário, Ronaldo, Rivaldo, Ronaldinho Gaúcho, Kaká e Neymar, que será a estrela da equipa em 2018.
Entre muitos êxitos, os ‘canarinhos’ também colecionaram intensos dramas, encabeçados pelos dois estrondosos falhanços em casa, o 1-2 com o Uruguai na ‘final’ de 1950, o ‘Maracanazo’, e o 1-7 com Alemanha, nas ‘meias’ de 2014, o ‘Mineirazo’.
No segundo lugar do ‘ranking’, seguem, a par, com quatro cetros, as duas grandes potências europeias, a Itália, apesar de ter perdido duas finais para os ‘canarinhos’, e a Alemanha.
Sob o comando de Vittorio Pozzo, o único selecionador com dois títulos, a Itália triunfou em 1934, como anfitriã, e na edição seguinte, em 1938, em França, para, depois, ganhar em 1982, em Espanha, liderada pela inspiração de Paolo Rossi, e em 2006, na Alemanha, numa final com a França decidida nos penáltis.
Por seu lado, a Alemanha ganhou em 1954 (Suíça), 1974 (em casa), 1990 (Itália) e 2014 (Brasil), nas duas primeiras superando duas ‘enormes’ seleções, a Hungria, de Puskas, Kocsis e Czibor, e a Holanda, de Cruyff, e nas duas últimas perante os ‘monstros’ argentinos Diego Armando Maradona e Lionel Messi.
Com dois títulos, segue o Uruguai, que venceu em 1930 a primeira edição, em Montevideu, e conquistou o segundo sucesso em 1950, destroçando o anfitrião Brasil, e a Argentina, vencedora em 1978, perante os seus adeptos, e em 1986, no México, num ‘tango a solo’ de Maradona.
A restrita lista de campeões engloba ainda as ‘anfitriãs’ Inglaterra (1966), que ‘destroçou’ Eusébio, e França, com um ‘bis’ de Zidane na final com o Brasil, e a Espanha, que ganhou a única edição africana, na África do Sul (2010), graças a um golo de Andrés Iniesta no prolongamento da final com a Holanda.
O formato do Mundial sofreu, ao longo do tempo, significativas alterações, nomeadamente nos participantes: depois dos 13 em 1930, seguiram-se 16 em 34, 15 em 38 e 13 em 50, fixando-se depois em 16, de 1954 a 1978, até passarem a 24, em 1982. Desde 1998, o número subiu para 32 e assim continua.
Os sistemas de desempate sofreram também mudanças, passando-se de um segundo jogo até à ‘lotaria’ das grandes penalidades, que ditou pela primeira vez um vencedor nas meias-finais de 1982, entre RFA e França.
A fase final já acolheu 77 seleções – o número aumentará para 79, com Islândia e Panamá -, sendo que 12 já foram finalistas: as oito vencedoras e ainda a Holanda (três derrotas), a Checoslováquia e a Hungria (ambas com duas) e a Suécia (uma).
Por seu lado, Polónia, Estados Unidos, Áustria, Chile, Portugal, Croácia e Turquia já alcançaram o lugar mais baixo do pódio, enquanto Jugoslávia, União Soviética, Bélgica, Bulgária e Coreia do Sul têm como melhor o quarto posto.
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