A Federação de Futebol de Hong Kong (HKFA) manifestou hoje “sérias preocupações” relativamente ao jogo de qualificação para o Mundial2018 com as Maldivas, cujo Governo declarou o Estado de Emergência devido "a ameaças" à segurança nacional.
A declaração do Estado de Emergência surgiu depois de um alegado atentado contra o Presidente, Abdula Yameen, em setembro passado, e a posterior detenção do vice-Presidente.
O diretor-executivo da HKFA, Mark Sutcliffe, garantiu à agência noticiosa AFP que a seleção de Hong Kong só jogará na próxima quinta-feira nas Maldivas caso sejam garantidas “todas as condições de segurança”, não descartando a hipóteses de solicitar à FIFA a realização do jogo em campo neutro ou mesmo adiá-lo.
“Estamos em conversações com a FIFA e a Associação Asiática sobre este problema. Também tentei contactar a federação das Maldivas, mas ainda não consegui falar com ninguém. É um problema que nos suscita sérias preocupações”, disse Mark Sutcliffe.
O mesmo responsável da federação de Hong Kong garantiu que não autorizará que a seleção jogue nas Maldivas “se não forem dadas todas as condições de segurança”.
Também por “razões de segurança”, a FIFA decidiu na quarta-feira que a Palestina defrontará a Arábia Saudita e a Malásia em terreno neutro, também em jogos de apuramento ao Mundial2018.
O ministro do Interior das Maldivas, Umar Naseed, confirmou hoje a decisão governamental à agência noticiosa Efe, vincando que foi suspenso "um número limitado" de direitos civis, mas sem recolher obrigatório.
As Maldivas declararam o Estado de Emergência por 30 dias, de acordo com o artigo 253.º da Constituição do país, sobre "ameaças à segurança nacional", segundo informou o ministro dos Negócios Estrangeiros na rede social Twitter.
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