Portugal, detentor do título europeu, e Espanha, campeã mundial em 2010, são os dois grandes candidatos a seguir em frente no Grupo B do Mundial de futebol de 2018, perante Marrocos e Irão.
A formação das ‘quinas’ e os comandados de Fernando Hierro, que substituiu o ex-treinador portista Julen Lopetegui a dois dias do jogo, sabem, porém, que não podem ‘dormir’ à sombra do favoritismo, bastando lembrar que, em 2014, no anterior mundial, caíram ambos na fase de grupos.
Portugal tem, ainda por cima, muito más recordações do conjunto marroquino, que, no único duelo entre ambos, bateu por 3-1 e afastou a equipa lusa do Mundial de 1986, no que é, ainda hoje, a única vez que a equipa africana chegou aos oitavos de final.
Apesar de o conjunto de Fernando Santos ter sido campeão da Europa há dois anos, a Espanha perfila-se como a favorita ao triunfo no Grupo B, com um coletivo muito poderoso, formado, maioritariamente, por jogadores de Real Madrid e FC Barcelona, apesar do tumulto vivido no seio da 'Roja', após o afastamento do técnico.
Os ‘merengues’ Isco, Asensio, Sergio Ramos e Carvajal e os ‘culés’ Iniesta, Busquets, Piqué e Alba são o ‘sustentáculo’ de uma equipa, com mais uma série de ‘enormes’ jogadores, como De Gea, David Silva, Koke, Diego Costa, Saul ou Thiago Alcántara.
Para o Mundial de 2018, e por ter tanto por onde escolher, Lopetegui, ex-selecioador, deu-se ao luxo, por exemplo, de abdicar de ‘craques’ como Morata, Sergi Roberto, Aduriz, Callejón, Pedro Rodríguez, Vitolo, Bartra, Illarramendi ou Nolito.
A Espanha não teve, aliás, qualquer derrota com Lopetegui’, que entrou após o Euro2016, mas Portugal também tem sido muito forte com Fernando Santos – desde outubro de 2014 -, somando uma ‘mísera’ derrota em jogos oficiais, na Suíça (0-2).
A formação das ‘quinas’ tem sido um coletivo sobretudo difícil de bater, contando, na frente, com Cristiano Ronaldo, que terá, provavelmente, a derradeira oportunidade para deixar a sua ‘marca’ na fase final de um Mundial de futebol.
Depois de só ter marcado uma vez em cada uma das fases finais em que participou, Ronaldo vai, certamente, tentar levar Portugal o mais longe possível, com a ajuda de jogadores como Rui Patrício, Pepe, Ricardo Quaresma, Bernardo Silva ou André Silva.
Mesmo sem o ‘herói’ Éder, excluído por Fernando Santos, tal como Nani, a formação das ‘quinas’ tem a ‘obrigação’ de seguir em frente, repetindo 1966 e 2006, edições em que chegou às meias-finais, e 2010, quando caiu nos ‘oitavos’, face à Espanha.
A seleção marroquina, que tem como principal figura o central Mehdi Benatia (Juventus) e conta com Manuel da Costa, poderá ser a principal ‘outsider’.
Apesar de nunca ter passado a primeira fase, o Irão, de Carlos Queiroz, também tentará causar problemas, com jogadores como Sardar Amzoun, autor de 11 golos na qualificação, ou Alireza Jahanbakhsh, melhor marcador do campeonato holandês, com 21.
*Artigo publicado originalmente no dia 24 de maio de 2018.
*Artigo corrigido. Acrescentadas informações sobre a saída de Julen Lopetegui da seleção espanhola.
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