Kasper Hjulmand, selecionador de futebol da Dinamarca, diz que doravante a sua equipa se vai concentrar na competição no Qatar, depois de a FIFA a ter proibido de treinar no Mundial 2022 com equipamentos pró-direitos humanos.
"Decidimos que nos vamos concentrar no futebol. Estamos na véspera da nossa viagem e, no que nos diz respeito, as nossas expectativas são estar lá para fazer o nosso trabalho", disse Hjulmand à comunicação social, na véspera dos dinamarqueses viajarem para Doha.
Na passada semana, a FIFA rejeitou o pedido dos dinamarqueses para se treinarem com camisolas com a inscrição "Human Rights for All" (direitos Humanos para todos, na tradução em português).
"Não vamos usar essa camisola", garantiu hoje o presidente da federação dinamarquesa de futebol (DBU), Jakob Jensen.
Mesmo considerando que a decisão da FIFA segue o "procedimento normal", Jensen considera que a mensagem "não era muito política, já que podia receber o apoio do mundo inteiro".
"Os jogadores estão lá para jogar futebol, sonham em ganhar o Mundial e devem poder concentrar-se no jogo. São livres de se exprimir sobre o tema, vários já o fizeram, mas também é compreensível que outros se queiram focar só no futebol", acrescentou o líder da DBU.
Desde há muito contrária à realização do Mundial no Qatar, a federação dinamarquesa tem estado na linha da frente pela defesa dos trabalhadores migrantes e do dos direitos LGBTQI+ no emirado.
A FIFA proíbe qualquer mensagem de cariz político e exortou na última semana as seleções a "concentrarem-se no futebol" e a não o levar para "cada batalha ideológica ou política".
A Dinamarca, atualmente em 10.º no 'ranking' da FIFA, integra o Grupo D do Mundial2022, juntamente com França, campeã em título, Tunísia e Austrália, tendo estreia marcada na fase final para 22 de dezembro, frente aos tunisinos.
A 22.ª edição do Campeonato do Mundo arranca no domingo, com o duelo entre o anfitrião Qatar e o Equador, para o Grupo A, e termina em 18 de dezembro.
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