A PSP vai colocar uma equipa de sete polícias ao Brasil, com o objetivo de acompanhar os adeptos portugueses que vão assistir aos jogos da seleção nacional de futebol no Mundial2014, informou hoje aquela força.

A equipa da Polícia de Segurança Pública, que viajará para o Brasil no sábado, será composta por uma unidade fixa, constituída por três agentes, que ficará instalada em Brasília, e uma unidade móvel, de quatro policiais, que estará presente nos jogos da seleção portuguesa, em Salvador, Manaus e Brasília.

“Não teremos uma ação executiva. Não vamos ter no Brasil autoridade para exercer qualquer medida de segurança. Vamos, única e exclusivamente, auxiliar as autoridades brasileiras na condução dos aspetos de segurança dos adeptos portugueses”, explicou o chefe da delegação, intendente Pedro Gouveia.

Pedro Gouveia, que será também responsável pela equipa móvel, observou que a ação da PSP se “constituiu como uma referência a nível internacional”, exemplificando como o sucesso da operação policial que envolveu a realização da final da Liga dos Campeões no Estádio da Luz, em Lisboa.

O chefe da delegação lembrou que a PSP já teve experiências semelhantes na África do Sul, durante o Mundial2010, e na Polónia e Ucrânia, no Euro2012, assinalando que no Brasil os polícias portugueses terão uma “missão simplificada”, porque “a língua não será uma barreira”.

“A preocupação fundamental é que tudo decorra com segurança e que a Copa seja um verdadeiro sucesso”, sustentou o responsável pela equipa da PSP no Brasil, que ainda não dispõe do número de adeptos que viajarão para assistir aos jogos de Portugal na fase final.

Pedro Gouveia espera ficar até ao fim do torneio, porque isso significará que a seleção lusa terá atingido a final, adiando que a equipa policial vai estrear no Brasil uma nova camisola, em tom de azul mais claro relativamente ao atual, que passará a constituir o futuro uniforme da PSP.

O adido policial na embaixada brasileira em Portugal, Paulo de Tarso Teixeira, defendeu que a polícia brasileira está preparada, até em função de ações de cooperação internacional como a que manterá com a PSP, mas advertiu que “o Brasil não é tão seguro como Portugal”.

“A polícia brasileira já se está a preparar há muito tempo. O objetivo é que se possa agir de forma preventiva e não apenas repressiva”, explicou Paulo de Tarso Teixeira, que também esteve presente na conferência de imprensa realizada na sede do Comando Metropolitano da PSP de Lisboa.