No final do jogo de abertura da prova de pré-época algarvia, que opôs sexta-feira o Benfica aos holandeses do Feyenoord, um degrau caiu quando o público abandonava a bancada amovível instalada no sector nascente do estádio municipal, provocando a queda e ferimentos ligeiros em cinco pessoas e graves noutra.

A autarquia ordenou a abertura imediata de um inquérito e o relatório final concluiu que houve “algumas deficiências técnicas relacionadas com a montagem” e estas poderão ter estado na origem da queda do acidente.

O relatório foi entregue, segundo a autarquia, à empresa contratada para alugar e montar a bancada em segurança, que tinha até às 19:00 de sábado para corrigir as deficiências e permitir a sua abertura a tempo da segunda partida da prova, o Feyenoord-Aston Villa, mas o prazo não foi cumprido e o presidente da câmara, Luís Gomes, interditou-as para essa partida.

Foi dado um novo prazo à empresa para apresentar hoje “um novo relatório de correcções e segurança da estrutura” e a autarquia anunciou que decidiria às 16:00 se reabria as bancadas para o último encontro do torneio, o Benfica-Aston Villa, para o qual se prevê “casa” cheia.

A decisão acabou por ser anunciada já depois das 19:00, duas horas antes do início da partida, que vai decidir o vencedor do torneio, depois de tanto o Benfica (4-1) como o Aston Villa (3-1) terem derrotado o Feyenoord nas duas primeiras partidas da prova.

A queda de um degrau da bancada amovível nascente do estádio municipal de Vila Real de Santo António provocou seis feridos, um deles em estado grave, que teve de ser transportado de helicóptero para Lisboa.

A autarquia ordenou de imediato um inquérito e no sábado foi realizada uma vistoria às estruturas por membros do Autoridade Nacional de Protecção Civil, engenheiros da câmara, PSP, protecção civil de Vila Real de Santo António e Instituto do Desporto de Portugal, que concluiu terem havido algumas “deficiências na bancada”.

A câmara e a empresa organizadora da prova asseguraram que iriam exigir responsabilidade à empresa que alugou e montou a bancada, que tinha, segundo a autarquia, que garantir a segurança da estrutura, uma vez que para prestar esse serviço tem que estar certificada.