A participação do Benfica na Liga dos Campeões, que gerou receitas de 10,1 milhões de euros, e as vendas dos passes de Ramires e Halliche para Inglaterra equilibraram as contas semestrais da Benfica SAD, relativas à primeira metade da época.
Com os dinheiros da “Champions” e os 9,7 milhões pagos por Chelsea e Fulham pelos internacionais do Brasil e da Argélia, a Benfica SAD consegue ter no primeiro semestre da época (Julho a Dezembro de 2010) lucros de 528 mil euros, melhorando acentuadamente face ao mesmo período de há um ano, em que o prejuízo chegou aos 13,8 milhões de euros.
No relatório e contas do semestre, agora divulgado, a SAD encarnada adverte no entanto que a comparabilidade está afectada "nomeadamente pela aquisição das acções da Benfica Estádio".
"Em termos de demonstração de resultados consolida, o período homólogo não inclui a operação do Benfica Estádio", a qual já está nas contas do primeiro semestre de 2010/2011.
A SAD acrescenta, no relatório, estimar que se a aquisição tivesse sido feita em Julho de 2009, os proveitos operacionais consolidados no semestre fechado em Dezembro de 2009 seriam de 37,2 milhões de euros, com prejuízos de 16,2 milhões.
A nível operacional a SAD benfiquista fala também de "uma melhoria considerável" no semestre, com um resultado positivo de 7 milhões, quando era negativo em 11 milhões há um ano.
"Desta forma pode-se constatar que os resultados consolidados e os resultados individuais apresentaram evoluções idênticas, o que permite concluir que a inclusão dos resultados da Benfica Estádio apenas no 1.º semestre 2010/2011, apesar de ter impacto em termos de volume de proveitos e custos não influencia de forma significativa os resultados do período corrente", adianta ainda o relatório.
No campo dos proveitos, destaque pela negativa para a evolução das receitas de bilheteira, que caíram 32,3 por cento, para pouco menos de 4 milhões de euros. Uma tendência explicada pelo decréscimo na venda dos "red pass" – lugares cativos para os jogos da Liga portuguesa -, pela retracção do consumo e pelos maus resultados do início da época.
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