A troca de acusações entre Antonio Conte e José Mourinho ultrapassa os revlados e as fronteiras físicas. A discussão entre os dois técnicos já levou à opinião de Aldo Agroppi, antigo treinador da Fiorentina, que não agrada nada a postura do treinador do Chelsea e do treinador do Manchester United.
"A polémica entre Mourinho e Conte? Eu atirava os dois da torre abaixo", adiantou Agropi, numa entrevista ao canal italiano Mediaset Premium, citado pelo jornal Record.
O antigo técnico transalpino começou por analisar Mourinho, uma pessoa que não é "educada".
"Nunca suportei Mourinho desde o primeiro dia dele em Itália porque nunca foi um convidado educado no país que o 'adotou'."
"Ele deveria comportar-se de forma diferente, mas em vez disso teve comportamentos errados, disse palavrões e fez de tudo: para mim, não era um personagem bem-vindo. E fez o mesmo em Espanha. Ele é aquele que se não ganha, não se diverte - quer ganhar porque se sente realmente como o número 1. Não suporta que os outros ganhem. E se ninguém fala dele, é um homem morto e a sua vida já não faz sentido. Deve ser sempre o centro das atenções. Se perde torna-se num perdedor, mas no futebol também há o direito a derrotar", referiu, criticando ainda mais o técnico português.
"[Mourinho] Chegou na Itália e começou a agir como um dono, fala de palhaçadas mas ele também as fez. Lembro-me do ano em que ganhou a Liga dos Campeões com o FC Porto, quando anularam um golo regular ao Manchester United e depois o FC Porto marcou no último minuto e ele fez uma corrida de 60 metros como um louco."
Mas as críticas chegaram também a Antonio Conte sublinhando "também exagera".
"Não podes mergulhar no meio dos adeptos só porque a tua equipa marcou um golo - é preciso contenção. Trata-se de um jogo de futebol, mas há limites. Entendo que entendo que é difícil estar no banco, mas devemos pensar que há limites... em vez disso, são dois loucos selvagens."
"Estar no banco cria muita tensão e não é fácil estar bem e calmo, mas é preciso perceber que devemos ter um comportamento de respeito para os adeptos e adversários, pois caso contrário pareces um treinador de uma equipa amadora que nunca teve sucesso e fica louco de alegria quando ganha. Não os suporto, são dois personagens importantes e bem conhecidos, mas não dão bons exemplos", encerrou o antigo técnico, que foi também internacional italiano.
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