Bruno Fernandes reagiu, numa entrevista à estação televisiva britânica Sky Sports, às críticas dos comentadores que acusam o médio de protestar muito durante os jogos.
"Sei que às vezes me excedo. Somos todos competitivos e queremos ganhar. Pode acontecer num jogo e é difícil controlar as emoções. Mas nunca quis faltar ao respeito a ninguém. O modo como jogo e sinto o jogo, a paixão que tenho... É assim que sinto as coisas e dou o melhor pela minha equipa e pelo meu clube", garantiu o médio português.
"Sou assim desde os sete anos, não gosto de perder. Sou muito competitivo, quero dar sempre o máximo e exijo que os outros também o façam. Se digo algo a alguém no campo é porque acredito que pode fazer melhor. Às vezes até estou a incentivá-los, mas na televisão não veem isso. Veem-me a abanar os braços, mas isso não significa que eu esteja a criticar alguém. Às vezes é a forma de me expressar em campo. Com 75 mil pessoas na bancadas em Old Trafford, é difícil ouvir as pessoas, por isso é preciso fazer gestos com as mãos", explicou.
Gary Neville, antigo jogador dos 'red devils' foi um dos comentadores que mais criticou a postura do português em campo: "Até posso compreender, mas não consigo controlar. Todos sabemos que os comentadores têm de dizer alguma coisa para manterem o trabalho. Às vezes, quanto mais mal disserem, melhor ficam. Temos de viver com isso."
Bruno Fernandes, que tem sido um dos jogadores mais utilizados por Ten Hag (participou em 48 dos 50 jogos que o Manchester United já realizou esta época), garantiu estar habituado a jogar com regularidade desde os tempos do Sporting.
"Quando estava no Sporting era a mesma coisa. Fui dos primeiros jogadores em Portugal a jogar 56 partidas num clube numa época. No fim do treino, fazia sempre algum trabalho extra de remate e o médico batia na janela e dizia-me para deixar o campo", contou.
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